sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Cap. 193

Bruno: _É que tô apaixonado por você tem um tempo e queria me aproximar, mas não sabia como!
Viviana: _Olha rapaz, eu sou casada! (Mostrei a aliança pra ele) Ele luta MMA e não vai gostar de ver você me cortejando.
Bruno: _Ah é?... E se eu fizer isso!

Bruno me beijou com desejo, ardente. Quando comecei a ficar sem folego espalmei as mãos em seu peito o afastando gentilmente. Sorri para ele nos abraçamos, apoiei minha cabeça em seu peito enquanto ele alisava minhas costas. A chuva fraca e os raios solares tornaram aquele momento mais romântico. Fiquei sentindo o calor que o corpo de Bruno me transmitia, não sabia o porquê, mas precisava daquilo. Ele me transmitia paz, ouvia sua respiração calma enquanto ele beijava o topo de minha cabeça. Após alguns minutos juntos senti meu filho chutar minha barriga, sorri e comentei com Bruno.

Viviana: _Amor, olha só... O Noah tá chutando. Acho que ele já te ama. (Sorri docemente)
Bruno: _E eu também amo esse pequeno milagre.

Voltei a posição anterior tremendo de frio. Bruno logo percebeu e me chamou para entrar.

Bruno: _Vamos entrar que você tá tremendo de frio.
Viviana: _Vamos.

Bruno saiu da piscina me estendendo a mão para que eu saísse também. Entramos em casa rapidamente indo direto para o quarto. Tomamos banho juntos e ficamos no quarto vendo televisão junto com nossos filhos.
A noite dormimos todos juntos, inclusive meus filhos. Zoeh e Ryan dormiram entre Bruno e eu, enquanto os três dormiam, eu os observava. Pensava nas noites que eu havia perdido essa cena, todos dormiam tão tranquilamente uns abraçando o outro. Estiquei meu braço por cima deles relaxando meu corpo em seguida, deixando que minhas pálpebras pesassem, assim adormeci.
Durante a madrugada acordei esfomeada, me desvencilhei dos braços de Ryan e Bruno me levantando em seguida. Vesti um roupão e fui até a cozinha preparar um lanche. Peguei algumas frutas, as lavei e cortei colocando em uma tigela com mel e aveia. Me sentei próximo a janela observando o luar. Enquanto comia vi Bruno se aproximar com cara de sono, deu um beijo em minha testa e se sentou ao meu lado.

Bruno: _Quem tá com fome? Você ou o Noah?
Viviana: _Os dois. (Sorri)
Bruno: _Me dá um pouco.
Viviana: _Pega uma colher e vem comer comigo.

Bruno foi até o armário e votou a se sentar ao meu lado. Terminamos de comer, levei a tigela e as colheres até a pia e voltei ao lado de Bruno e ficamos conversando.

Viviana: _Caramba!
Bruno: _O que?
Viviana: _Já passou de meia noite, o que significa que já é seu aniversário. Parabéns amor! (Abracei seu pescoço)
Bruno: _Obrigado! (Selou nossos lábios) O que acha de nós irmos admirar o nascer do sol na varanda lá de cima?
Viviana: _Adorei a ideia.

Fomos para a varanda e nos sentamos na rede, Bruno me abraçava gostosamente e eu aproveitava o calor de seus braços. Quando os primeiros raios solares nasceram senti uma forte dor que foi diminuindo e se anulando.
Voltamos ao quarto e nos colocamos ao lado de nossos filhos. Ficamos nos encarando por alguns segundos, era como se nossos olhares penetrassem no fundo de nossa alma desvendando nossos pensamentos.
Acordamos cedo e fomos levar nossos filhos para a escola. Ao voltarmos fui direto para o quarto de Noah terminar de colocar os últimos detalhes. Ao entrar lá vi tudo como eu havia imaginado, provavelmente Regina devia ter feito tudo ali. Fiquei observando cada mínimo detalhe imaginando quando meu filho estivesse ali no berço. Sorri involuntariamente, notei que não havia nenhuma foto ali no quarto que estava fazendo antes do acidente.
Fui até meu quarto e peguei uma foto que Bruno havia tirado e a coloquei próxima ao berço. Enquanto mudava algumas coisas lá senti uma fisgada na parte de baixo da barriga. A dor foi aumentando gradativamente. Assim que as dores se tornaram agudas comuniquei a Bruno.

Viviana: _Bruno, me ajuda! (Gritei)
Bruno: _Que foi? (Disse entrando no quarto)
Viviana: _Noah... Vai nascer. (Disse de forma calma)
Bruno: _E você tá com essa calma toda? (Falou desconfiada) Se você verdade você estaria desesperada!
Viviana: _Bruno Finato Scornavacca... Seu filho vai nascer! (Falei de forma rígida)
Bruno: _Senta aqui que vou pegar.

Me sentei na poltrona de amamentação esperando Bruno. Tentava manter minha respiração normal, porém as dores me faziam gritar. Os poucos minutos que fiquei sozinha enquanto esperava para ir até a maternidade pareceram eternidade.
Ao chegar a maternidade logo fui encaminhada até a enfermaria, pois eu não tinha dilatação suficiente para o parto. Tive que esperar até meu o momento exato do parto e seguir até a sala de parto. Bruno foi junto comigo.
Foi um trabalho de parto longo. As dores foram mais fortes do que dos partos anteriores, por vezes achei que nunca mais sentiria outra dor tão forte. Senti uma contração fortíssima, a mais forte que já havia sentido, logo depois meu corpo relaxou, quase desmaiei e então logo depois ouvi um choro. Olhei para frente e vi meu filho, Bruno cortou seu cordão umbilical e o colocou sobre meu peito.

Bruno: _Olha como ele é lindo! (Disse visivelmente emocionado)
Viviana: _Noah... Bem vindo ao mundo. (Disse chorando) A mamãe te ama!

Dei um beijo na testa de meu filho e a enfermeira o levou para dar banho nele. Observei Noah tomar seu primeiro banho que foi dado pelo pai, não contive, e não tentei controlar, as lágrimas que rolavam por meu rosto devido a felicidade em ver o rostinho de meu filho.
Fui conduzida ao meu quarto, ao chegar lá vi várias flores e presentes que nos foram enviados. Sorri involuntariamente adormecendo. Acordei minutos depois para dar a primeira mamada de meu filho. Quando recebi o pequeno embrulho vermelho sorri abobada, como ele podia me trazer tantos sentimentos. Um ser tão pequeno me trazia paz, me fazia amar, me alegrar, me emocionar e acima de tudo meu instinto pedia para proteger aquela criança que aos meus olhos parecia frágil. Mergulhei em um mundo de pensamentos onde só existiam o Noah e eu. Olhei todos seus detalhes, desenhei os traços delicados e pequenos de suas mãos enquanto ele me olhava, era como se um estivesse fazendo reconhecimento do outro. Bruno me acordou de meus pensamentos entrando no quarto com nossos filhos mais velhos. Os olhos de Ryan eram curiosos e os de Zoeh amorosos, me sentei entre eles para que eles pudessem observar melhor o irmão.

Ryan: _Noah, quando você for maior vou te ensinar a jogar futebol!
Zoeh: _Não... Ele vai brincar com os cachorros lá da casa da vovó!
Viviana: _Ele vai fazer o que quiser. Mas agora o deixem dormir.

Ryan deu um beijo no rosto de Noah e Zoeh passou a mão pelo rosto do irmão.
Dois dias após o nascimento de meu filho recebemos alta do hospital, Bruno estava lá com nossos filhos para nos levar para casa. Assim que aparecemos na entrada da maternidade milhares de jornalistas pediram para tirar nossas fotos. Sorrimos e tiramos algumas fotos e fomos para casa. Durante o trajeto conversamos sobre nossos filhos, Bruno me dizia que nossos familiares disseram que iriam nos visitar ao longo da semana. Acabei adormecendo durante o trajeto, a brisa refrescante batia em meu rosto me relaxando.
Acordei minutos depois com Bruno me chamando, peguei Noah no colo e entramos em casa com nossos filhos nos abraçando. Ao abrir a porta me deparei com uma festa de boas-vindas para meu filho. Sorri olhando cada detalhe, cada pessoa. Além dos meus familiares e amigos que via sempre também estavam ali Yasmin com os filhos e Mateus, Luan com a namorada, e Renan com Bianca. Meu sorriso se alargava a cada coisa que eu via. Cumprimentei todas as pessoas que ficaram paparicando meus filhos.
Após muito conversar com as pessoas ali, subi para amamentar Noah, me sentei na cadeira de amamentação do quarto dele, onde Ryan e Zoeh dormiam, e logo depois Bruno entrou no quarto. Terminei de amamentar Noah, o coloquei no berço e abracei Bruno. Observamos nossos filhos dormindo abraçados, ambos mantinhas sorrisos bobos no rosto.

Bruno: _Agora sim nossa família tá completa.
Viviana: _Está sim. Tenho mais do que sonhei... Amo vocês.
Bruno: _Nós nos amamos!
Viviana: _Muito!

Nos beijamos docemente e voltamos a observar o sono tranquilo de nossos filhos. Naquele momento me senti plenamente feliz, tinha tudo que nunca sonhei e nunca achei merecer, mas sabia que aquela era minha missão. Meu dever na Terra era entrar na vida do Bruno, me tornar sua mulher, amante, namorada, companheira. E ser mãe de seus filhos. Meu dever na Terra era construir uma família ao lado dele.

Viviana Esteves Rezende Scornavacca

Fim!

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