terça-feira, 21 de maio de 2013

Cap. 116


Regina: _Não... Tô com saudade dela.
Bruno: _Por mim...

Falei fingindo não ligar, mas por dentro estava radiante com a possibilidade de passar o réveillon com ela. Tomamos nosso café da manhã conversando e rindo, era uma manhã ensolarada. Após tomar café na companhia da minha família fui até meu quarto, peguei minha carteira e as chaves do meu carro para visitar Mariana. Quando estava saindo do quarto encontrei minha mãe falando ao telefone no corredor.

Regina: _Vai sair?
Bruno: _Vou ver a Mari.
Regina: _Vai demorar?
Bruno: _Não sei por que a gente se desentendeu ontem e vou lá pra conversar com ela.
Regina: _Boa sorte. (Falou me dando um beijo no rosto)
Bruno: _Obrigado!

Desci as escadas e fui para a garagem, entrei no carro e segui para a casa de Mari, em pouco mais de uma hora eu estava lá. Toquei o interfone e logo ela veio me atender sorridente, me convidou para entrar e fomos direto para seu quarto, conversamos tranquilamente sobre a pequena discussão da noite anterior.

Mariana: _Me desculpe por ontem!
Bruno: _Fácil assim?! (Perguntei incrédulo)
Mariana: _Sim. Sei que não costumo admitir meus erros facilmente, mas ontem eu falei mais do que devia.
Bruno: _Você só viu coisas onde não tinha.
Mariana: _É que você tava tão distante que por um minuto pensei que tivesse com outra.
Bruno: _Já disse que não vou te trair. Primeiro porque não tenho vontade e segundo, não gostaria que você fizesse isso comigo.
Mariana: _Me sinto uma boba. Me desculpa!
Bruno: _Já esqueci. Vem cá... (Falei a abraçando)
Mariana: _Bruno, tem uns doces da ceia de ontem você quer?
Bruno: _Quero!
Mariana: _Tá, vou lá em baixo pegar e já volto. Escolhe um filme pra gente assistir.

Afirmei positivamente, escolhi e reservei um filme na tv a cabo e fiquei esperando que Mariana voltasse. Cerca de vinte minutos depois ela voltou com alguns doces na bandeja, se sentou ao meu lado se aninhando em meus braços e assistimos ao filme enquanto comíamos. Após o filme acabar fiquei mais alguns minutos ali e depois fui embora, mas ao invés de ir para casa fui para a casa onde vivia com Viviana. Ao chegar na casa vi o local coberto por pó, andei pela a casa relembrando momentos bons vividos ali. Não pude evitar que meus olhos lacrimejassem ao lembrar de cada momento feliz, subi as escadas e fui direto para o nosso quarto.
Ao entrar no quarto vi que ali não estava empoeirado, “só pode ser coisa da Vivi”, pensei com um sorriso bobo no rosto. Me deitei em nossa cama e fiquei passando a mão pelo lado que ela dormia. Cochilei ali pensando em Vivi, na nossa vida, acordei com o celular apitando com uma mensagem, vi que era minha mãe querendo saber onde eu estava, decidi então ir para casa. Passei na sala onde Vivi ensaiava, tinham fotos espalhadas por ali, as peguei e fui colocar na gaveta do criado mudo e ao abrir vi um papel pautado dobrado. O peguei para ler.

Vivi, satisfeita?!
Agora você vai ser minha independente das consequências ou meios, eu vou ter você pra mim. Sem cantorzinho, sem amiguinha e se for preciso sem filha.
Não medirei esforços para conseguir o que eu quero, e o que eu quero é você todinha pra mim.
Te amo, não se esquece.
Lucas

Bruno: _Que canalha!

Guardei o papel no bolso e sai dali. Fui direto para casa, precisava conversar com minha mãe, ela teria um conselho. Ao chegar em casa encontrei Kiko com Patrícia na varanda, fui falar com eles.

Bruno: _A mãe tá aí?
Kiko: _Lá em cima!
Bruno: _Valeu.
Patrícia: _O que você tem?
Bruno: _Nada não, só preciso falar com ela.

Subi as escadas sem que eles entendessem minha aflição. Subi as escadas apressado e fui direto para o quarto dos meus pais, minha mãe ao me ver entrar me olhou e sorriu, me sentei ao lado dela e fiquei conversando com ela.

Regina: _O que te aflige?
Bruno: _Caramba, você pega as coisas no ar.
Regina: _Sou sua mãe! Diz o que aconteceu?
Bruno: _Isso! (Falei o entregando o papel)
Regina: _O que tem esse pedaço de papel?
Bruno: _Lê!

Minha mãe me olhou e começou a ler o papel e eu via a expressão horrorizada em seu rosto. Vezes ela colocava a mão na boca e outras na testa, seu rosto mostrava temor, receio e preocupação.

Regina: _Por Deus! Onde você achou isso?
Bruno: _Lá em casa.
Regina: _Você esteve lá? (Perguntou confusa)
Bruno: _Fui agora antes de voltar da casa da Mari eu passei lá. Fui guardar umas coisas no criado mudo da sala onde a Vivi ensaiava, quando abri a gaveta vi esse papel.
Regina: _E o que pensa em fazer?
Bruno: _Sinceramente não sei. Mas tô queimando de raiva.
Regina: _Mas sobre você e a Vivi?
Bruno: _Quero ela de volta mãe... (Falei deixando transparece fraquesa)
Regina: _Que bom que percebeu que ela é a mulher certa pra você.
Bruno: _Quando ela volta pra São Paulo?
Regina: _Calma aí que vou ligar pra ela.

Minha mãe pegou o telefone e ligou para ela.

Cont...

Nenhum comentário:

Postar um comentário