Regina:
_Não... Tô com saudade dela.
Bruno: _Por
mim...
Falei
fingindo não ligar, mas por dentro estava radiante com a possibilidade de
passar o réveillon com ela. Tomamos nosso café da manhã conversando e rindo,
era uma manhã ensolarada. Após tomar café na companhia da minha família fui até
meu quarto, peguei minha carteira e as chaves do meu carro para visitar
Mariana. Quando estava saindo do quarto encontrei minha mãe falando ao telefone
no corredor.
Regina: _Vai
sair?
Bruno: _Vou
ver a Mari.
Regina: _Vai
demorar?
Bruno: _Não
sei por que a gente se desentendeu ontem e vou lá pra conversar com ela.
Regina: _Boa
sorte. (Falou me dando um beijo no rosto)
Bruno:
_Obrigado!
Desci as
escadas e fui para a garagem, entrei no carro e segui para a casa de Mari, em
pouco mais de uma hora eu estava lá. Toquei o interfone e logo ela veio me
atender sorridente, me convidou para entrar e fomos direto para seu quarto, conversamos
tranquilamente sobre a pequena discussão da noite anterior.
Mariana: _Me
desculpe por ontem!
Bruno:
_Fácil assim?! (Perguntei incrédulo)
Mariana:
_Sim. Sei que não costumo admitir meus erros facilmente, mas ontem eu falei
mais do que devia.
Bruno: _Você
só viu coisas onde não tinha.
Mariana: _É
que você tava tão distante que por um minuto pensei que tivesse com outra.
Bruno: _Já
disse que não vou te trair. Primeiro porque não tenho vontade e segundo, não
gostaria que você fizesse isso comigo.
Mariana: _Me
sinto uma boba. Me desculpa!
Bruno: _Já
esqueci. Vem cá... (Falei a abraçando)
Mariana:
_Bruno, tem uns doces da ceia de ontem você quer?
Bruno:
_Quero!
Mariana:
_Tá, vou lá em baixo pegar e já volto. Escolhe um filme pra gente assistir.
Afirmei
positivamente, escolhi e reservei um filme na tv a cabo e fiquei esperando que
Mariana voltasse. Cerca de vinte minutos depois ela voltou com alguns doces na
bandeja, se sentou ao meu lado se aninhando em meus braços e assistimos ao
filme enquanto comíamos. Após o filme acabar fiquei mais alguns minutos ali e
depois fui embora, mas ao invés de ir para casa fui para a casa onde vivia com
Viviana. Ao chegar na casa vi o local coberto por pó, andei pela a casa relembrando
momentos bons vividos ali. Não pude evitar que meus olhos lacrimejassem ao
lembrar de cada momento feliz, subi as escadas e fui direto para o nosso
quarto.
Ao entrar no
quarto vi que ali não estava empoeirado, “só pode ser coisa da Vivi”, pensei
com um sorriso bobo no rosto. Me deitei em nossa cama e fiquei passando a mão
pelo lado que ela dormia. Cochilei ali pensando em Vivi, na nossa vida, acordei
com o celular apitando com uma mensagem, vi que era minha mãe querendo saber
onde eu estava, decidi então ir para casa. Passei na sala onde Vivi ensaiava,
tinham fotos espalhadas por ali, as peguei e fui colocar na gaveta do criado
mudo e ao abrir vi um papel pautado dobrado. O peguei para ler.
Vivi,
satisfeita?!
Agora você vai ser minha independente das
consequências ou meios, eu vou ter você pra mim. Sem cantorzinho, sem
amiguinha e se for preciso sem filha.
Não medirei esforços para conseguir o que
eu quero, e o que eu quero é você todinha pra mim.
Te amo, não se esquece.
Lucas
|
Bruno: _Que
canalha!
Guardei o
papel no bolso e sai dali. Fui direto para casa, precisava conversar com minha
mãe, ela teria um conselho. Ao chegar em casa encontrei Kiko com Patrícia na
varanda, fui falar com eles.
Bruno: _A
mãe tá aí?
Kiko: _Lá em
cima!
Bruno:
_Valeu.
Patrícia: _O
que você tem?
Bruno: _Nada
não, só preciso falar com ela.
Subi as
escadas sem que eles entendessem minha aflição. Subi as escadas apressado e fui
direto para o quarto dos meus pais, minha mãe ao me ver entrar me olhou e
sorriu, me sentei ao lado dela e fiquei conversando com ela.
Regina: _O
que te aflige?
Bruno:
_Caramba, você pega as coisas no ar.
Regina: _Sou
sua mãe! Diz o que aconteceu?
Bruno:
_Isso! (Falei o entregando o papel)
Regina: _O
que tem esse pedaço de papel?
Bruno: _Lê!
Minha mãe me
olhou e começou a ler o papel e eu via a expressão horrorizada em seu rosto.
Vezes ela colocava a mão na boca e outras na testa, seu rosto mostrava temor,
receio e preocupação.
Regina: _Por
Deus! Onde você achou isso?
Bruno: _Lá
em casa.
Regina:
_Você esteve lá? (Perguntou confusa)
Bruno: _Fui
agora antes de voltar da casa da Mari eu passei lá. Fui guardar umas coisas no
criado mudo da sala onde a Vivi ensaiava, quando abri a gaveta vi esse papel.
Regina: _E o
que pensa em fazer?
Bruno:
_Sinceramente não sei. Mas tô queimando de raiva.
Regina: _Mas
sobre você e a Vivi?
Bruno:
_Quero ela de volta mãe... (Falei deixando transparece fraquesa)
Regina: _Que
bom que percebeu que ela é a mulher certa pra você.
Bruno:
_Quando ela volta pra São Paulo?
Regina:
_Calma aí que vou ligar pra ela.
Minha mãe
pegou o telefone e ligou para ela.
Cont...
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