Regina: _Então fala.
Viviana: _Mais cedo quando ela esteve aqui
eu falei umas coisas pra ela e percebi que ela ficou abalada.
Bruno: _Eu percebi isso, mas não acredito
que tenha sido por esse motivo. Todos aqui já falaram coisas duras pra ela.
Viviana: _Sei lá... Como disse é só
desconfiança.
Regina: _ Pode ter sido um fator a mais,
mas acho que não foi o principal motivo!
Regina saiu e nós ficamos ali conversando.
Os dias passaram e o enterro de Desirré aconteceu em Avaré, cidade do interior de São Paulo onde ela havia nascido. Fomos recebidos bem por seus familiares, com exceção de seu pai que fez questão de culpar a mim e Bruno pelo que aconteceu com sua filha.
Bruno: _Oi seu Roberto. Sinto muito pelo que aconteceu com sua filha... Eu e minha família estamos a disposição pro que precisarem.
Roberto: _Tem mais que sentir mesmo, se não fosse você ela não estaria onde está agora.
Viviana: _Bruno, vamos embora. É melhor não arrumar confusão!
Roberto: _Essa deve ser a sua namorada. A que falou barbaridades pra minha filha também ajudando ela a ficar louca e acontecer o que aconteceu.
Enquanto Roberto nos acusava pela morte de sua filha, Talita, sua filha mais velha, chegou e deu uma bronca em seu pai.
Talita: _Pai, pára de culpar os outros pelo que aconteceu. Desirré era bem grandinha pra saber o que queria e o que fazia. Não culpe os dois pelas irresponsabilidades dela.
Roberta: _Fica aí protegendo esses dois... (Saiu andando)
Talita: _Não liga pra ele. De todos nós ele é o que está pior e tenta caçar motivos pra explicar a morte dela, não quer aceitar que foi um acidente.
Bruno: _Imagino o quanto está doendo a perda dela. Por isso não discuti. Ah... Talita, essa é a Vivi, minha namorada.
Talita: _Você é tão bonita quanto minha irmã falava.
Viviana: _Ela falava isso de mim? (Perguntei incrédula) Não estava acostumada a receber elogios dela.
Talita: _Ela falava bem de você. Acho que no fundo ela queria ser como você.
Bruno: _Agora quem tá confuso sou eu. Ela vivia falando mal da Vivi...
Talita: _Não lá em casa. Deixa eu ira ali que minha mãe tá me chamando.
Nos olhamos sem entender nada. O enterro terminou e fomos pra casa, no caminho comentamos sobre o que a irmã de Desirré havia falado, nunca poderia imaginar que ela falava bem de mim pelas costas. Achei estranho aquele fato. Fomos direto pro apartamento de Bruno, assim que entramos o telefone começou a tocar, era meu pai.
Bruno: _Alô.
Miguel: _Oi Bruno, sou eu Miguel. A Vivi tá aí com você?
Bruno: _Tá sim. Vou chamar ela, só um minuto.
Bruno veio até mim com o telefone na mão, me entregou e sentou na minha frente.
Viviana: _Oi pai!
Miguel: _Esqueceu que tem casa? Não pára mais aqui.
Viviana: _Não precisa de drama pai. Só tô matando saudade do meu namorado.
Miguel: _Espero que não estejam me encomendando um neto. Tô muito novo pra ser avô.
Viviana: _Pai, sou grandinha e sei me cuidar.
Miguel: _Acho bom... Ah, quero que você durma em casa hoje. Não gosto quando você fica tanto tempo fora estando tão perto.
Viviana: _Tá, mas ele vai comigo.
Miguel: _Vocês precisa se afastar um pouco.
Viviana: _Mas não agora. Ele vai e ponto. Beijo pai.
Desliguei o telefone me sentei ao lado de Bruno. Nos olhamos por alguns minutos e acabei me deitando em seu colo e ele ficou me fazendo cafuné. Ficamos assim por alguns minutos, não trocamos uma palavra sequer, naquele momento elas não se fizeram necessárias. Apenas o olhava nos olhos enquanto ele me acarinhava.
Viviana: _Biju, dorme lá em casa comigo?
Bruno: _Porque você não fica aqui?
Viviana: _Meu pai quer que eu durma lá... Mas não quero me afastar de você nenhum momento. Um ano já foi tempo demais.
Bruno: _Então eu durmo. Mas eu tenho uma solução pra isso.
Viviana: _Qual?
Bruno: _Vem morar comigo aqui!
Viviana: _Morar com você aqui?! (Perguntei tentando organizar as idéias)
Bruno: _É... Nós dois aqui. Não faz essa cara de assustada. Mas pense na proposta.
Viviana: _Prometo pensar. Agora vamos.
Cont...
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