Cap. 93

Peguei meu carro e segui pra casa da Vivi. Não pensava em nada a não ser me resolver com ela. Uma coisa era certa, em um ano mesmo longe não conseguir esquecê-la um segundo sequer, e precisava fazer com que ela soubesse. Parei meu carro em frente a casa dela e fiquei pensando em como falar tudo o que sentia pra ela. Não queria chegar de mãos abanando na frente dela, voltei e comprei um buquê de flores e chocolates pra ela. Desci do carro e fui até o portão que estava aberto, sai entrando, fui direto ao quarto dela. Percebi que ela estava sozinha com Mia que estava dormindo em sua cama. Ela ao ouvir passos falou de dentro do banheiro.

Viviana: _Pai é você?

Não respondi com medo de que ela fugisse ao ver que era eu que estava ali. Alguns minutos depois ela apareceu ali na minha frente apenas de toalha. Ficamos paralizados um olhando o outro como na primeira vez que nos encontramos. Naquela hora um filme passou pela minha cabeça, todos os momentos bons e ruins que vivemos. Ela resolveu quebrar o silêncio que naquele nos mantinha longe um dos outros mesmo estando tão próximos.

Viviana _Oi! O que você quer aqui? A Mia está dormindo e os pais dela ainda não voltaram.
Bruno: _Pode parar com o teatrinho que eu sei que é você Vivi.
Viviana: _Ok... Eu só menti porque estava com medo da sua reação ao me ver depois de tudo que aconteceu.
Bruno: _Será que eu mereço um abraço?

Falei esticando os braços, ela ao me ver ali me abraçou e chorou em seguida.

Bruno: _Não chora... Olha, trouxe pra você! (Falei lhe entregando as flores e o chocolate)
Viviana: _Obrigada! As flores são lindas. Vamos pra sala que não quero acordar a Mia... Ah, deixa eu me vestir primeiro.

Fui pra sala enquanto ela se vestia, alguns minutos ela desceu com os cabelos ainda molhados e descalça.

Viviana: _Bruno, pode falar tudo. Sei que estou devendo isso, pois fui embora e não deixei você se explicar.
Bruno: _Você não sabe o quanto esperei por isso... Naquela noite, aquela garota estava escondida dentro do armário, percebeu que eu estava sozinho e deitou na cama enquanto eu tomava banho. E quando você chegou o circo estava armado.
Viviana: _Nossa... Me desculpa por não ter te escutado, por ter sido infantil
Bruno: _Pára com isso... No seu lugar acho que faria a mesma coisa. Mas não iria embora tentando fugir... (risos)
Viviana: _Por isso eu digo que fui infantil.
Bruno: _Em partes. Foi infantil porque não encarou o problema e resolveu fugir, mas foi madura o suficiente pra encarar um lugar desconhecido sem falar a língua nativa e sem ter alguém por perto. É por isso que te admiro.
Viviana: _Mesmo eu tendo feito você sofrer, você me vem com essas palavras doces... É por isso que te amo.
Bruno: _Eu também te amo... Mas...
Viviana: _Mas o quê?
Bruno: _Eu tô namorando.
Viviana: _Ah...

Nessa hora vi que uma lágrima escapou de seus olhos, a enxuguei e comecei a falar.

Bruno: _A Renata foi quem me tirou da depressão depois que você se foi. Mas nunca a amei como amei e ainda amo você!
Viviana: _Não posso ficar chateada... Afinal seria pedir demais pra qualquer um ficar uma ano sem pegar ninguém.
Bruno: _Então você também ficou com alguém lá na França?
Viviana: _Uhum... Só uma pessoa, mas nada sério. Ele era legal comigo mas ainda gostava da ex e eu não saberia lidar com um namoro com alguém conhecido mundialmente. Seria demais pra mim...
Bruno: _Como assim famoso mundialmente?
Viviana: _O Justin Timberlake... É ele!
Bruno: _Ah... Me mostraram uma foto dele com você mas não acreditei que fosse você.

Conversamos por horas, já passava da dás 20h00 quando fui embora.

Bruno: _Vivi, preciso resolver umas coisas. Mas tarde a gente se fala.
Viviana: _Tá bom! Ah... Amei as flores e o chocolate.
Bruno: _Sei que por trás dessa "mulher fatal", minha menininha ainda vive. Até mais.
Viviana: _Tchau...

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