sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Cap. 179

Viviana: _Amo esse seu humor... (Mordisquei seu lábio)
Bruno: _Você tá meio canibal hoje. Sei que sou irresistível, mas não precisa arrancar pedaço.
Viviana: _Deixa de ser bobo.
Bruno: _Só vou parar porque tô com sono. Vamos dormir?!
Viviana: _Vamos. Boa noite.

Beijei os lábios de Bruno e me deitei ao seu lado sendo abraçada por ele por trás. Dormimos tranquilamente, no meio da noite acordei com o barulho de um carro passando na rua, me virei em direção a janela e pude ver que os primeiros raios solares ainda não tinha surgido. Me deitei novamente, dessa vez de frente para Bruno que mantinha uma expressão serena em seu rosto, beijei seus lábios suavemente me deitando e adormecendo em seu peito logo em seguida.
Na manhã seguinte acordei e percebi que Bruno não estava ao meu lado. Me levantei preguiçosamente, fui até o banheiro fiz minhas higienes matinais e tomei banho demoradamente. Saí do banho cantando, me enxuguei e coloquei a toalha sobre a pia pegando meu creme hidratante. Passei o hidratante com aroma de morango pelo corpo todo, quando fui colocar o frasco do creme de volta sobre o mármore da pia me depare com Bruno me olhando encostado no batente da porta, sobressaltei com o susto. Levei minhas mãos ao peito respirando aliviada.

Viviana: _Me assustou!
Bruno: _Não foi minha intenção.
Viviana: _Tudo bem. Mas posso saber o que o senhor estava fazendo aí? (Disse me aproximando dele)
Bruno: _Tava olhando minha mulher...
Viviana: _Hum... Desse jeito eu acabo me apaixonando.
Bruno: _De repente eu possa gostar disso. Acho que posso tirar vantagem...
Viviana: _Menino interesseiro. (Selei nossos lábios) Agora sai e deixa eu terminar de me vestir.
Bruno: _Já te vi pelada mil vezes.
Viviana: _Esse é o problema. Sei que você não ficaria só olhando...
Bruno: _Não tenho culpa de ter uma mina gostosa ao meu lado.
Viviana: _É sério Bruno!
Bruno: _Ok. Mas se arruma que nós vamos sair.
Viviana: _Vamos pra onde?
Bruno: _Churrasco do Batata.
Viviana: _EBA!

Comemorei feito criança, Bruno sorriu e saiu do banheiro me deixando sozinha. Me arrumei e fui para o quarto de meus filhos, dei banho em cada um deles os vendo brincar.
Fomos para a casa dos pais de Bruno onde todos estavam, logo deixei meus filhos brincarem no quintal. Vi Zoeh e Ryan correrem em direção a Natália, que estava sentada próximo a Patrícia e a Renata, sorri largamente ao ver minha irmã ali. Fiz o mesmo caminho que meus filhos me acercando de minhas amigas.

Viviana: _Rê, saudade de você sua vaca!
Renata: _Também te amo irmãzinha!

Nos abraçamos fortemente por longos segundos.

Patrícia: _Agora não se soltaram mais. Quer apostar quanto Naty?
Natália: _Nada... Não quero perder.
Viviana: _Natália, você ainda tá grávida? (Falei sarcasticamente)
Renata: _Deixa de ser boba Vivi.
Viviana: _Como minhas sobrinhas estão?
Natália: _Bem tranquilas. Estão quietinhas...
Patrícia: _Estão dando descanso!
Natália: _Logo elas despertam.

Sorrimos e ficamos conversando. Regina estava num papo animado com minha mãe e minha tia, minha avó brincava com meus filhos e os chiuauas que corriam livremente pelo quintal. Franco estava com o “Batata” próximo a churrasqueira, e Bruno com seus irmãos conversando animadamente.
O dia foi animado, o clima contribuiu para isso. O sol estava brilhando fortemente, porém o tempo não estava tão quente, algumas correntes de ar nos brindavam tornando o clima ameno e confortável.
Cantamos, dançamos e comemos, bastante (diga-se de passagem), não era exagero nenhum quando eu via os meninos falarem que o churrasco do “Batata” era o melhor. Não havia exagero nessa frase.
Dois dias depois minha família voltou para sua casa no Rio de Janeiro. Eu estava a todo vapor com as coisas da faculdade e do trabalho, estava dedicando pouco tempo a Bruno e meus filhos esses dias, e eu notava que eles sentiam minha falta, e eu a deles.
Numa terça-feira chuvosa, cheguei em casa e vi que meus filhos já dormiam, suspirei pesadamente ao constatar isso. Fui para o quarto entristecida, me entristeci ainda mais ao ver Bruno dormindo. Deixei meus livros e minha bolsa sobre a mesa e fui para o banheiro. Tomei banho calmamente, enquanto a água caia sobre meu corpo eu refletia sobre a falta que eu estava fazendo essa semana em casa, meus filhos precisavam de mim e eu deles. E Bruno, sabia que ele sentia minha falta, como eu sentia dele, essa falta que eu fazia a eles e que eles faziam em mim estava me entristecendo. Desliguei o chuveiro, saindo do box me enxugando apressadamente.
Ao voltar ao quarto notei que Bruno estava sentado, com uma postura rígida, na cama. Me aproximei dele selando nossos lábios, senti que Bruno se manteve distante. Olhei em seus olhos procurando a resposta de seu afastamento sem sucesso. Me sentei ao seu lado e tentei não começar uma discussão.

Viviana: _O que foi?
Bruno: _Sinto sua falta!
Viviana: _Eu também... (O olhei entristecida)
Bruno: _Não quero que você desista.
Viviana: _Sinceramente... Tem horas que minha vontade é essa!
Bruno: _Olha pra mim!

Olhei fixamente em seus olhos que me passaram segurança de uma forma indescritível. Era intenso, mas ao mesmo tempo confortante.

Bruno: _Você não vai desistir. Por mais difícil que seja... É o seu futuro que tá em jogo.
Viviana: _Eu sinto falta de estar em casa com vocês, de ver meus filhos fazerem gracinhas.
Bruno: _Eles sentem sim sua falta, mas você continua presente na vida deles.
Viviana: _Porque você não é como os outros caras?
Bruno: _Porque se eu fosse como os outros caras você não teria casado comigo.
Viviana: _Se você fosse como os outros caras a gente estaria discutindo.
Bruno: _Se isso fosse há um ano, atrás, estaríamos discutindo.
Viviana: _Que louco isso. Mudamos tanto em tão pouco tempo.
Bruno: _Verdade. Aprendemos um com o outro.

Bruno estreitou seus braços em volta de meus ombros me aproximando mais dele.

Viviana: _E como aprendemos.

Beijei os lábios de Bruno com desejo, explorava sua boca como se minha vida dependesse daquilo e era correspondida por ele. Nos deitamos e dormimos tranquilamente, os braços de Bruno envolviam minha cintura de forma aconchegante e gostosa. No meio da noite a chuva aumentou bruscamente alguns raios rasgavam o céu o clareando e trovões estrondosos ecoavam pela noite que antes era calma. Um trovão estourou do lado de fora da casa, me encolhi assustada abraçando Bruno, não estava com medo, mas o susto foi grande. Poucos minutos depois vi a porta do quarto se abrir e meus filhos surgir em atrás dela. Zoeh carregava seu ursinho de pelúcia e Ryan arrastava seu pequeno manto pelo chão.

Cont...

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