Viviana: _Amo esse seu humor... (Mordisquei seu
lábio)
Bruno: _Você tá meio canibal hoje. Sei que sou
irresistível, mas não precisa arrancar pedaço.
Viviana: _Deixa de ser bobo.
Bruno: _Só vou parar porque tô com sono. Vamos
dormir?!
Viviana: _Vamos. Boa noite.
Beijei os lábios de Bruno e me deitei ao seu lado
sendo abraçada por ele por trás. Dormimos tranquilamente, no meio da noite
acordei com o barulho de um carro passando na rua, me virei em direção a janela
e pude ver que os primeiros raios solares ainda não tinha surgido. Me deitei
novamente, dessa vez de frente para Bruno que mantinha uma expressão serena em
seu rosto, beijei seus lábios suavemente me deitando e adormecendo em seu peito
logo em seguida.
Na manhã seguinte acordei e percebi que Bruno não
estava ao meu lado. Me levantei preguiçosamente, fui até o banheiro fiz minhas
higienes matinais e tomei banho demoradamente. Saí do banho cantando, me
enxuguei e coloquei a toalha sobre a pia pegando meu creme hidratante. Passei o
hidratante com aroma de morango pelo corpo todo, quando fui colocar o frasco do
creme de volta sobre o mármore da pia me depare com Bruno me olhando encostado
no batente da porta, sobressaltei com o susto. Levei minhas mãos ao peito
respirando aliviada.
Viviana: _Me assustou!
Bruno: _Não foi minha intenção.
Viviana: _Tudo bem. Mas posso saber o que o senhor
estava fazendo aí? (Disse me aproximando dele)
Bruno: _Tava olhando minha mulher...
Viviana: _Hum... Desse jeito eu acabo me
apaixonando.
Bruno: _De repente eu possa gostar disso. Acho que
posso tirar vantagem...
Viviana: _Menino interesseiro. (Selei nossos
lábios) Agora sai e deixa eu terminar de me vestir.
Bruno: _Já te vi pelada mil vezes.
Viviana: _Esse é o problema. Sei que você não
ficaria só olhando...
Bruno: _Não tenho culpa de ter uma mina gostosa ao
meu lado.
Viviana: _É sério Bruno!
Bruno: _Ok. Mas se arruma que nós vamos sair.
Viviana: _Vamos pra onde?
Bruno: _Churrasco do Batata.
Viviana: _EBA!
Comemorei feito criança, Bruno sorriu e saiu do
banheiro me deixando sozinha. Me arrumei e fui para o quarto de meus filhos,
dei banho em cada um deles os vendo brincar.
Fomos para a casa dos pais de Bruno onde todos
estavam, logo deixei meus filhos brincarem no quintal. Vi Zoeh e Ryan correrem
em direção a Natália, que estava sentada próximo a Patrícia e a Renata, sorri
largamente ao ver minha irmã ali. Fiz o mesmo caminho que meus filhos me
acercando de minhas amigas.
Viviana: _Rê, saudade de você sua vaca!
Renata: _Também te amo irmãzinha!
Nos abraçamos fortemente por longos segundos.
Patrícia: _Agora não se soltaram mais. Quer apostar
quanto Naty?
Natália: _Nada... Não quero perder.
Viviana: _Natália, você ainda tá grávida? (Falei sarcasticamente)
Renata: _Deixa de ser boba Vivi.
Viviana: _Como minhas sobrinhas estão?
Natália: _Bem tranquilas. Estão quietinhas...
Patrícia: _Estão dando descanso!
Natália: _Logo elas despertam.
Sorrimos e ficamos conversando. Regina estava num
papo animado com minha mãe e minha tia, minha avó brincava com meus filhos e os
chiuauas que corriam livremente pelo quintal. Franco estava com o “Batata”
próximo a churrasqueira, e Bruno com seus irmãos conversando animadamente.
O dia foi animado, o clima contribuiu para isso. O
sol estava brilhando fortemente, porém o tempo não estava tão quente, algumas
correntes de ar nos brindavam tornando o clima ameno e confortável.
Cantamos, dançamos e comemos, bastante (diga-se de
passagem), não era exagero nenhum quando eu via os meninos falarem que o
churrasco do “Batata” era o melhor. Não havia exagero nessa frase.
Dois dias depois minha família voltou para sua casa
no Rio de Janeiro. Eu estava a todo vapor com as coisas da faculdade e do
trabalho, estava dedicando pouco tempo a Bruno e meus filhos esses dias, e eu
notava que eles sentiam minha falta, e eu a deles.
Numa terça-feira chuvosa, cheguei em casa e vi que
meus filhos já dormiam, suspirei pesadamente ao constatar isso. Fui para o
quarto entristecida, me entristeci ainda mais ao ver Bruno dormindo. Deixei
meus livros e minha bolsa sobre a mesa e fui para o banheiro. Tomei banho
calmamente, enquanto a água caia sobre meu corpo eu refletia sobre a falta que
eu estava fazendo essa semana em casa, meus filhos precisavam de mim e eu
deles. E Bruno, sabia que ele sentia minha falta, como eu sentia dele, essa
falta que eu fazia a eles e que eles faziam em mim estava me entristecendo.
Desliguei o chuveiro, saindo do box me enxugando apressadamente.
Ao voltar ao quarto notei que Bruno estava sentado,
com uma postura rígida, na cama. Me aproximei dele selando nossos lábios, senti
que Bruno se manteve distante. Olhei em seus olhos procurando a resposta de seu
afastamento sem sucesso. Me sentei ao seu lado e tentei não começar uma
discussão.
Viviana: _O que foi?
Bruno: _Sinto sua falta!
Viviana: _Eu também... (O olhei entristecida)
Bruno: _Não quero que você desista.
Viviana: _Sinceramente... Tem horas que minha
vontade é essa!
Bruno: _Olha pra mim!
Olhei fixamente em seus olhos que me passaram
segurança de uma forma indescritível. Era intenso, mas ao mesmo tempo
confortante.
Bruno: _Você não vai desistir. Por mais difícil que
seja... É o seu futuro que tá em jogo.
Viviana: _Eu sinto falta de estar em casa com
vocês, de ver meus filhos fazerem gracinhas.
Bruno: _Eles sentem sim sua falta, mas você
continua presente na vida deles.
Viviana: _Porque você não é como os outros caras?
Bruno: _Porque se eu fosse como os outros caras
você não teria casado comigo.
Viviana: _Se você fosse como os outros caras a
gente estaria discutindo.
Bruno: _Se isso fosse há um ano, atrás, estaríamos
discutindo.
Viviana: _Que louco isso. Mudamos tanto em tão
pouco tempo.
Bruno: _Verdade. Aprendemos um com o outro.
Bruno estreitou seus braços em volta de meus ombros
me aproximando mais dele.
Viviana: _E como aprendemos.
Beijei os lábios de Bruno com desejo, explorava sua
boca como se minha vida dependesse daquilo e era correspondida por ele. Nos deitamos
e dormimos tranquilamente, os braços de Bruno envolviam minha cintura de forma
aconchegante e gostosa. No meio da noite a chuva aumentou bruscamente alguns
raios rasgavam o céu o clareando e trovões estrondosos ecoavam pela noite que
antes era calma. Um trovão estourou do lado de fora da casa, me encolhi
assustada abraçando Bruno, não estava com medo, mas o susto foi grande. Poucos
minutos depois vi a porta do quarto se abrir e meus filhos surgir em atrás
dela. Zoeh carregava seu ursinho de pelúcia e Ryan arrastava seu pequeno manto
pelo chão.
Cont...
Nenhum comentário:
Postar um comentário