terça-feira, 20 de agosto de 2013

Cap. 186

Tiramos mais fotos em diferentes partes da casa. Terminamos na minha sala de ensaio, havíamos tirado fotos na sala de ensaio de Bruno minutos antes. Antes de tirarmos fotos lá eu troquei de roupa. Enquanto terminavam de ajeitar os equipamentos eu me observava nos espelhos da sala, o top curto permitia que eu observasse meu ventre levemente dilatado e arredondado. Senti as mãos de Bruno envolverem minha cintura, o olhei através do espelho e sorri para ele que sorriu de volta e depositou um beijo em meu rosto. Comentei sobre meu look com as pessoas presentes.

Viviana: _Agora sim. Não tem como ficar sem salto ao lado do Bruno, me sinto uma anã!
Regina: _Sem exageros Vivi. Você é poucos centímetros menor que ele.

Nos posicionamos para tirar mais fotos, nossos sorrisos eram grandes, grandes o suficiente para que todos percebessem o quanto nos amávamos. Tiramos mais fotos e continuamos a responder as perguntas que nos eram feitas. Queriam saber a reação de nossos filhos ao saberem que ganhariam um irmão e as nossas reações quando descobrimos que seríamos pai novamente.

Bruno: _A reação da Vivi foi um pouco apática. A ficha dela não havia caído, era como se ela estivesse dispersa do que realmente acontecia. Foi engraçado.
Viviana: _Foi exatamente isso. Eu não tinha sintomas nem nenhum indício de gravidez, e como eu tomava pílula eu realmente ficava sem menstruar.
Bruno: _Eu já havia percebido, pois ela estava mais gordinha e com um apetite de fazer inveja a qualquer um.
Viviana: _Eu realmente não havia percebido. O Bruno quando viu o teste confirmando que teríamos mais um filho ficou extasiado. Nossos filhos então, eles sim fizeram uma verdadeira festa.

No final do dia terminamos a entrevista e a sessão de fotos. Aproveitamos as horas restantes ao lado de nossos filhos.
Quando entrei no quinto mês de gestação comecei a ter limitações devido ao peso e ao tamanho de minha barriga. Era natal e todos iriam se reunir em nossa casa, eu estava arrumando a casa com ajuda de minha tia, enquanto minha mãe e minha sogra preparavam comidas na cozinha. Meu pai havia acabado de chegar com minha madrasta e irmã, logo ele se juntou ao meu padrasto e sogro no lado de fora da casa. As crianças brincavam pelo quintal sendo supervisionadas pelos adultos que estavam ali, me aproximei da porta vendo as crianças e imaginei o bebê que eu carregava dentro de mim correndo ali também.
Entrei na cozinha seguindo o cheiro que saia de lá, não sabia o que estava sendo preparado, mas o aroma era delicioso. Parei em frente ao fogão e vi que Regina preparava algum doce que não identifiquei, me aproximei sentindo minha boca salivar de desejo. Não resisti e coloquei meu dedo na calda que estava sendo preparada, na hora que meu dedo iria encostar no doce meu braço foi puxado por minha sogra.

Regina: _Tá doida? Esse negócio tá quente!
Viviana: _Mas eu quero! (Fez bico como uma criança)
Regina: _Não dá pra esperar?
Viviana: _Não. Tô com desejo!
Regina: _Vou dar um jeito. Mas sei de perto desse fogão.

Me sentei em um dos bancos da bancada, observando Regina servir o doce. Comia o doce como se minha vida dependesse daquilo, comia compulsiva e desesperadamente. Minha sogra e minha mãe me olhavam e sorriam, pareciam tão satisfeita quanto eu. Ainda com a boca cheia perguntei que doce era aquele.

Viviana: _Tia que doce é esse?
Regina: _Strufoli, é um doce italiano.
Viviana: _Tá muito bom.
Luma: _E se você continuar comendo assim, além de não sobrar nada, vai te dar dor de barriga.
Viviana: _Vou terminar aqui e vou tomar banho.
Regina: _Termina, mas come com calma.

Terminei de comer e fui para o quarto, separei algumas roupas pra mim e pra Bruno as coloquei em cima da cama, me sentando junto. Aos poucos fui recostando na cama, quando dei por mim já estava deitada e dormindo. Durante esses meses de gestação eu estava dormindo serenamente, porém fora dos horários. Enquanto dormia o vento que entrava pela janela soprava em meu rosto e brincava com meus cabelos, senti frio, mas não acordei, somente meu subconsciente se deu conta dessa sensação térmica.
Acordei sem ter noção do quanto eu havia dormido, senti os lábios gélidos de Bruno encostar em minha face dando um leve beijo para me despertar. A princípio relutei em despertar e abrir os olhos, mas com a insistência de meu marido acordei sorrindo como uma boba.

Viviana: _Oi amor!
Bruno: _Dormiu pra caramba. Juro que invejei a cama.
Viviana: _Por quê?
Bruno: _Porque seu corpo foi dela durante esse tempo!
Viviana: _Seu bobo! (Dei um leve tapa em seu ombro) Tá todo mundo aí?
Bruno: _Uhum. As crianças resolveram dormir, as meninas estão no quarto da Zoeh, Johnny e Ryan no quarto dele.
Viviana: _Vou tomar banho. (Selei nossos lábios) Vem comigo?
Bruno: _Ôpa! (Falou entusiasmado)
Viviana: _Mas é só banho! (O Adverti)
Bruno: _Você corta o meu barato desse jeito!
Viviana: _Vem logo e não reclama.

Peguei as mãos de Bruno e fomos até o banheiro, era incrível como momento como aqueles me deixavam feliz. Trocávamos energias no contato entre nossas peles, nos olhares e nos beijos... Esses eram os melhores. Namoramos por longo período em baixo do chuveiro, trocamos carícias, beijos ali perdendo noção da hora.
Me arrumei calmamente no quarto, enquanto eu descia a barra da minha blusa senti meu filho me chutar por dentro. Era a primeira vez que ele se manifestava, me senti tão feliz, tão completa e realizada. Chamei Bruno, que ainda estava no banheiro, para presenciar aquele momento tão mágico e único junto comigo.

Viviana: _AMOR! Corre aqui!
Bruno: _O que foi? (Falou assustado)
Viviana: _O bebê tá mexendo. (Encostei as mãos de Bruno em meu ventre) Sente!

Bruno me olhou emocionadamente deu um beijo carinhoso onde antes suas mãos repousavam, ele conversava com a barriga como empolgadamente me arrancando gargalhadas sinceras e gostosas.

Bruno: _Filhão, acho que sua mãe tá achando graça disso tudo.
Viviana: _Mas eu amo vocês dois!
Bruno: _E nós te amamos muito.

Colamos nossos lábios de forma delicada e sensual, repousei minhas mãos nos ombros de Bruno que encaixou sua mão em minha lombar enquanto a outra acarinhava gostosamente minhas nuca se emaranhando entre meus cabelos.
Fui para o andar de baixo da casa, onde todos estavam, as crianças estavam ali brincando com exceção de Maya e Kiara que deviam estar tomando banho.
O clima do natal era mágico, pelo menos pra mim, eu sentia algo indescritível e a gravidez aumentava essa sensação. Eu via o amor crescer nessa época do ano, não só entre minha família e eu, mas também entre as demais pessoas. Realmente era uma época do ano que me extasiava.
Me sentei na rede da varanda e fiquei me balançando sentindo a brisa, típica do verão, soprar em meu rosto e tremular mês cabelos. Meu pai se aproximou de mim e se sentou ao meu lado.

Miguel: _Filha, tá quietinha aí por quê?
Viviana: _Nada. Só tô descansando, ando meio devagar esses tempos.
Miguel: _Esse meninão tá te dando trabalho
Viviana: _Um pouco!

Vi Bruno me chamar ao longe com um aceno, pedi licença ao meu pai e fui até ele.


Bruno: _Tenho uma surpresa pra você. (Disse em meu ouvido)

Cont...

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