sábado, 24 de agosto de 2013

Cap. 187

Viviana: Cadê?
Bruno: _Confia em mim? (Afirmei com a cabeça) Então vem.

Bruno tirou um lenço de seu bolso e vendou meus olhos. Fomos até a parte da frente da casa caminhando lentamente, para que eu não tropeçasse. Senti Bruno me parar colocando as mãos nos meus ombros e mandando eu tirar a venda logo em seguida.

Bruno: _Tira a venda!
Viviana: _Tá bem. (Tirei a venda) RENATA!
Renata: _Vivi!

Abracei minha irmã com vontade, ficamos dois anos sem nos ver e nos reencontrarmos em uma data tão especial quanto o natal foi mágico. Voltamos pra parte de trás da casa, onde todos estavam, conversando animadamente.

Viviana: _Cadê o cunhado?
Renata: _Tá estacionando o carro. Mas conta do meu sobrinho.
Viviana: _Tá bem, hoje ele chutou. Tá crescendo saudável pra alegria de todos.
Renata: _E qual é o nome?
Viviana: _Ainda não decidimos. Mas vai ser um nome curto como dos irmãos.
Carlos: _Oi Vivi!

Meu cunhado me cumprimentou se acercando de Renata e a abraçando. Nos sentamos em um dos bancos próximos a piscina.
Os homens conversavam exaltadamente falando num tom alto, as crianças brincavam pelo quintal com tudo que viam e as mulheres se dividiam entre conversas e as crianças. Estava me sentindo feliz com minha família ali, era incrível a felicidade que todos emanavam ali. Sensações e vibrações boas emanavam ali, por dentro meu peito parecia gritar de felicidade. Nossa comemoração estava sendo repleta de alegria.
Pouco antes da ceia Regina fez uma oração agradecendo por todas as bênçãos alcançadas durante o ano, pelas nossas realizações e pelo novo membro da família, meu filho que estava por vir. Comemos muito bem aquela noite, eu comi desesperadamente devido ao apetite que a gestação estava me causando.
Me sentei na varanda com meus filhos me rodeando, pude julgar pela forma como falavam e coçavam os olhos que o sono havia chegado neles. Fui com eles até o corredor dos quartos, meus sobrinhos e irmã me seguiam. Entrei com eles no quarto de Ryan, arrumei alguns colchonetes no chão, fiz com que todos escovassem os dentes e trocassem de roupa. Saí do quarto deixando eles brincando ali.
Voltei à área externa da casa vendo algumas pessoas levemente alteradas devido ao efeito da bebida, riam e falavam alto, mas todos com sorrisos em seus rostos. Estava caminhando até um dos bancos quando fui abraçada pro Bruno, me virei pra ele sorrindo.

Viviana: _Oi amor!
Bruno: _Levou as crianças pro quarto?
Viviana: _Levei. Deixei eles brincando, logo eles dormem.
Bruno: _Que assim seja. (Beijou meu rosto) Nossos pais já foram dormir, só sobrou a gente.

Olhei a minha volta e vi que somente meus cunhados com suas esposas e minha irmã com o marido estavam ali. Me aproximei deles com Bruno e conversamos até o sono vir nos incomodar. Fomos para nossos quartos e dormimos tranquilamente.
No meio da noite acordei com falta de ar, tentei não me desesperar, mas conforme eu tentava puxar mais ar pros pulmões menos eu conseguia. Quando eu já não aguentava mais essa sensação acordei Bruno o balançando na cama. Ele abriu os olhos lentamente e me olhou confuso, tentei dizer o que sentia e ao ver que não conseguia chorei o fazendo se preocupar.

Bruno: _Amor você tá bem?
Viviana: _Não! (Sussurrei)
Bruno: _O que você tá sentindo?
Viviana: _Falta... De... Ar...
Bruno: _Vem comigo.

Bruno se levantou e foi caminhando lentamente pra acompanhar meu ritmo, fomos até o terraço. Nos sentamos em na rede, senti suas mãos enlaçarem minha cintura, repousei minha cabeça em seu ombro sentindo minha respiração normalizar. Ficamos parados até minha respiração ficar totalmente normalizada, quando eu já não tinha mais falta de ar Bruno me questionou sobre o acontecido.

Bruno: _Agora conta porque você tava sem ar?
Viviana: _Não sei. Só sei que acordei sentindo falta de ar.
Bruno: _Do nada, sem nenhum motivo aparente?
Viviana: _É!
Bruno: _Estranho isso.
Viviana: _Foi como se eu tivesse engasgado. Deve ser algo relativo à gravidez.
Bruno: _O importante é que passou e você tá melhor. (Beijou minha testa) Vamos entrar.
Viviana: _Vamos.

Nos levantamos e voltamos ao nosso quarto.
Dia 31 de dezembro fomos para o litoral paulista passar a virada de ano. Alugamos uma cobertura, demasiadamente grande para ficarmos junto com a família. Enquanto eu arrumava algumas coisas dos meus filhos vi Zoeh entrar no quarto com expressão curiosa em seu rosto e sentar na cama em seguida. Quis rir da cara que ela fazia, mas preferi segurar o riso e esperar ela falar algo. Como eu havia previsto minutos depois ela começou a me encher de perguntas.

Zoeh: _Mamãe!
Viviana: _Oi meu anjo.
Zoeh _Você e o papai se amam?
Viviana: _Muito. Por que?
Zoeh: _Vocês se casaram por isso né?
Viviana: _Foi. (Me sentei ao lado dela na cama)
Zoeh: _Vocês namoram?
Viviana: _Quando a gente tá sozinho sim. Mas porque esse monte de perguntas? O que você realmente quer saber?
Zoeh: _É que eu fui agora no quarto do tio...
Viviana: _Que tio?
Zoeh: _Tio Kiko.
Viviana: _Ah...
Zoeh: _Eu fui ver se o Johnny tava lá. Aí quando eu entrei no quarto vi a dindinha sentada no colo do dindo.
Viviana: _Você também já me viu sentada no colo do seu pai. O que isso tem demais?
Zoeh: _É que... (Ela pensou antes de falar) A dinda tava sem roupa, e o dindo também.
Viviana: _Me explica isso direito.
Zoeh: _Ela tava no colo dele sem roupa, tava pulando e fazendo uns sons estranhos com a boca. Pareciam dois cachorros.
Viviana: _Ai meu Deus! (Abri a boca em surpresa)
Zoeh: _O que eles tavam fazendo?
Viviana: _Nada amor. A sua tia devia estar passando mal.
Zoeh: _Então o tio também tava, ele tava fazendo umas caretas estranhas, assim ó... (Ela fez  uma careta)
Viviana: _Depois pergunta pra eles o que eles tavam fazendo.
Zoeh: _Tá. Vou brincar com a Maya e a Kiara.
Viviana: _Tá bem.

Minha filha saiu do quarto e minutos depois Bruno entrou, contei pra ele tudo que eu acabava de ouvir e ele começou a rir achando graça da situação.
Já estava anoitecendo e eu resolvi preparar um lanche pra mim e pros demais. Estava na cozinha preparando sanduíches e sucos quando ouvi Kiko falar algo que não entendi. Não dei importância, mas logo estávamos conversando.

Cont...

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