Cap. 159

Vivi ao ouvir as sentenças se jogou em meus braços chorando compulsivamente, ela soluçava fazendo seu corpo tremer sobre o meu. Sabia que seu choro era de alívio por ver que tudo havia acabado, suas lágrimas caiam em minha blusa a molhando, eu não me importava, só queria vê-la bem.

Esperei alguns minutos até Vivi se acalmar e fomos para casa arrumar nossas malas, iríamos comemorar nossa vitória na fazenda. Vivi dormiu durante o trajeto do fórum até nossa casa, assim como sua mãe fez no bando de trás. Ao chegarmos em casa chamei minha sogra que pegou sua bolsa e as pastas com os papéis do processo. Enquanto ela e Camila entravam em casa fiquei no carro tentando acordar Vivi.

(POV Viviana) Após o julgamento fomos para casa. Dormi durante o trajeto inteiro, só despertei quando Bruno me chamou suavemente beijando minha bochecha e o canto de minha boca.

Bruno: _Acorda amor. (Beijou minha bochecha) Temos que fazer nossas malas.

Viviana: _Malas?

Bruno: _Vamos pra fazenda. Vem...

Viviana: _Amor. (Disse manhosa)

Bruno: _Oi!

Viviana: _Te amo. Obrigada por tudo!

Bruno: _Obrigado nada, você vai pagar muito caro por isso... (Risos) Também te amo!

Bruno me beijou e saiu do carro, fiz o mesmo logo em seguida. Entramos em casa indo direto para nosso quarto, Bruno logo pegou as malas as colocando no chão. Abri os armários tirando algumas roupas e as acomodando nas malas, uma com roupas minhas, outra com roupas de Bruno, uma terceira com roupas extra dos dois e uma quarto só com calçado. As fechei constatando que havia exagerado na quantidade de bagagem, sorri infantilmente com aquilo.

Esperei Bruno sair do banho e logo em seguida entrei no banheiro, me banhei ligeiramente. Enquanto me vestia fazia notas mentais sobre as coisas que devia fazer antes de pegarmos a estrada. Saí do banheiro já vestida, me deparando com Bruno que encarava as malas no chão.

Bruno: _Esse monte de mala... É necessário?

Viviana: _Sim!

Bruno: _Você exagerou!

Viviana: _Sim, pretendo deixar algumas roupas lá. É muito chato ter que levar um monte de roupas quando podemos deixar no seu quarto.

Bruno: _Nosso quarto!

Viviana: _Você entendeu.

Dei um beijo no rosto de Bruno e passei no quarto de meus filhos, peguei algumas coisas deles e me dirigi para a garagem.

Passaríamos na casa de Thayrine pra pegar meus filhos, ela e o namorado para irmos à fazenda. Todos nossos amigos e familiares foram para lá.

Ao chegarmos fui logo pro quarto deixar as bolsas e em seguida fui andar pela fazenda com meus filhos, Bruno apareceu atrás de mim minutos depois. Nos sentamos embaixo de uma árvore, Ryan dormia preguiçosamente em meus braços e Zoeh corria pelo quintal brincando com os cachorros ali presentes. Bruno me abraçava pela cintura apoiando sua cabeça em meu ombro.

Bruno: _Tô tão feliz que não consigo explicar!

Viviana: _Eu também. Acho que finalmente teremos paz.

Bruno: _Enfim... Amor, eu disse que daria tudo certo.

Viviana: _Sempre confiei em você.

Nos beijamos com calma, aquele momento estava sendo de paz. Algo indescritível tomava conta de meu ser, só sabia que era bom e benéfico. Repousei minha cabeça no peito de Bruno e ficamos observando Zoeh brincar em nossa frente.

Voltamos para a casa quando Ryan acordo, ele mexeu os bracinhos chorando em meu colo. Levantei um lado de minha blusa para amamenta-lo. Caminhamos até a casa enquanto eu dava de mamar para o meu filho. Ao chegar na casa Zoeh entrou na piscina com a roupa que estava, arrancando risos de todos, Kiko, como padrinho e tio babão, ficou brincando com ela ao lado de Patrícia.

Logo estávamos fazendo bagunça na beira da piscina, entreguei meu filho para minha mãe e me sentei com as pernas dentro da piscina. Eu sorria vendo que as demais pessoas ali compartilhavam minha felicidade.

A noite Regina e minha mãe decidiram preparar um jantar especial para nós para comemorar. Amamentei Ryan e o deixei dormindo no quarto ao lado do pai que via televisão. Entrei no banheiro, tomei banho, me arrumei e voltei para o quarto. Vi os olhos de Bruno se abrirem compondo uma cara de satisfação em seu rosto.

Bruno: _Como você tá bonita!

Viviana: _Nem tô. (Falei rindo)

Bruno: _O suficiente para mim.

Viviana: _Amor se arruma logo e vamos descer.

Bruno: _Só vou trocar de roupa, tomei banho antes de você vir pro quarto.

Viviana: _Então vou descer e te esperar lá em baixo.

Beijei brevemente os lábios de Bruno, porém quando fui em direção a cama para pegar meu filho, ele me segurando habilmente tomando meus lábios em um beijo urgente e com entrega. Sabia que se eu não quebrasse o beijo naquele momento acabaríamos fazendo amor esquecendo do mundo em nossa volta. Quebrei o beijo com selinho, ao abrir os olhos vi Bruno sorrir para mim, me afastei dele pegando Ryan na cama.

Desci as escadas entrando na sala, assim que me avistou Natália pegou meu filho, que estava acordado e ficou o mimando. Ele tinha o olhar curioso sobre ela, ela brincava com ele animadamente, logo Leandro se juntou a ela. Kiko tocava violão do outro lado da sala e minha filha cantava com ele. Regina filmava a cena como a anos atrás fazia com os filhos. Me sentei ao lado de minha mãe que sorriu para mim, seu olhar era amoroso. Estava sentindo falta do jeito dela, de suas conversas e carinhos.

Viviana: _Mãe?!

Luma: _Sim.

Viviana: _Obrigada!

Luma: _Pelo o que?

Viviana: _Por ter vencido a causa. Sempre soube que você é competente, e isso me orgulha. Tenho orgulho de ser sua filha.

Luma: _Não agradeça. Eu tinha que ganhar, por você! E eu que sinto orgulho de você, desde nova cedo corre atrás do que quer, é a mãe mais dedicada que eu conheço. Te amo muito!

Viviana: _Quando eu crescer quero ser como você e como a tia Regina! Também te amo.

Luma: _Quando soube que tava grávida e que seria uma menina fiquei radiante. Eu e seu pai saímos contando pra todo mundo. Nunca tive alegria tão grande na vida.

Apenas sorri e me aninhei nos braços de minha mãe. Jantamos entre conversar e brincadeiras. O clima era tão agradável que não tinha como não ficar feliz. Meu sorriso era indestrutível, ver meus filhos bem, meu marido ao meu lado, meus familiares e amigos compartilhando minha alegria não tinha preço.

Felipe: _Assim... Só acho que a gente deveria ir pra balada pra comemorar tudo isso.

Viviana: _Aposto que o chato do Leandro não vai!

Leandro: _Eu sou chato?

 _PRA CARAMBA! (Todos falaram em coro)

Regina: _Não fala assim do Lelê.

Natália: _Ele só é chato quando quer!

Franco: _O problema é que ele sempre quer!

Allan: _Nem seu pai alivia! (Falou rindo)

Leandro: _Mas vocês me amam e não vivem sem mim.

Cont...