Cap. 165

Bruno: _Por quê?

Mia: _Não sei. Ela disse que queria ver vocês.

Viviana: _Senta aqui Mia.

Bruno: _Tava chorando amor? (Falei pegando minha filha no colo) Não chora, o papai tá aqui.

Mia agora estava sentada entre eu e vivi, abracei Vivi pelo ombro ficamos os quatro ali. Voltamos para o local onde todos estavam. Coloquei minha filha no chão que logo saiu correndo junto com Mia, eu achava engraçado que uma fosse sobrinha da outra sendo que elas tinham praticamente a mesma idade.

Vivi estava linda fisicamente, todos notavam isso, e eu ao mesmo tem em que me orgulhava de tê-la ao meu lado e tinha ciúmes por saber que outros homens a desejavam. Ela estava o meu lado, abraçada a mim, suas mãos afagavam minha pele que entrava em choque ao sentir seu toque delicado e suave.

Fui até a mesa e peguei uma taça de vinho para mim e outra para Vivi. A procurei com o olhar e a achei sentada ao lado de Liah e Allan que brincavam com Ryan. Deixei as taças em cima da mesa, peguei um prato e coloquei algumas coisas para que Vivi comesse. Equilibrei o prato e as taças e fui em direção a Vivi me sentando ao seu lado logo em seguida.

Bruno: _Amor, trouxe pra você. (Lhe entreguei a taça de vinho)

Viviana: _Obrigada!

Allan: _Tava aqui comentando com as meninas que tá faltando você e seus irmãos tocarem.

Liah: _Eu concordo. Tava sentindo falta desses momentos entre amigos, que acabam em música.

Bruno: _Logo, logo...

Viviana: _Ah não! Tô com vontade de ficar assim abraçadinha com meu marido! (Falou me abraçando)

Liah: _Larga de ser desmancha prazer...

Viviana: _Tá... Antes que vocês me fuzilem.

Todos riram com o comentário de Vivi, continuamos conversando com nossos amigos até dar meia noite. Todos trocamos abraços calorosos desejando feliz natal. Como dia 25 Natália comemoraria mais um ano de vida, cantaríamos parabéns para ela. Enquanto minha mãe e a mãe de Regina arrumavam a mesa para cantarmos parabéns a minha cunhada, aproveitei para “fugir” com Vivi por alguns minutos.

Segurei uma das mãos de Vivi, que me olhou curiosa e risonha, a conduzi para o quarto. Driblamos as pessoas e conseguimos chegar ao destino. Abri a porta para Vivi entrar fazendo o mesmo logo em seguida, fechando a porta atrás de mim.

Viviana: _O que foi isso?

Bruno: _Precisava te desejar feliz natal de um jeito só nosso.

Viviana: _Como? (Arqueou uma sobrancelha)

Bruno: _Com isso!

Tirei uma sacola de joalheria, dessas feitas de tecido, do bolso da camisa e entreguei para Vivi que me olhou desconfiada, ri por dentro com seu jeito. Ela tirou a pulseira de ouro que eu havia comprado e mandado gravar as nossas iniciais e as iniciais de nossos filhos. Ela me olhou visivelmente encantada com o gesto.

Viviana: _São nossas iniciais?

Bruno: _Sim. Gostou?

Viviana: _Muito. É lindo...

Bruno: _Ela tem mais alguns espaço pra gravar nomes de outras inicias de pessoas que você ame.

Viviana: _Mas não quero. Gosto do jeitinho que tá... Nossa família!

Bruno: _Então feliz natal!

Viviana: _Feliz natal meu Biju!

Bruno: _Tinha tempo que você não me chamava assim.

Viviana: _Nem percebi.

Beijei Vivi a abraçando pela cintura e tirando seus pés do chão. Ela sorriu timidamente no meio do beijo me fazendo sorrir também. Ficamos alguns minutos conversando e depois voltamos para a varanda, após minha mãe bater na porta do quarto nos fazendo sair de dentro do mesmo.

(POV Viviana) A ceia estava sendo agradável e feliz. Toda a tensão vivida por minha família e as pessoas que nos rodeavam tinha sido deixada para trás. Cantamos parabéns para Natália que estava radiante e com um brilho diferente no olhar, parecia até estar mais bonita, julguei ser efeitos da felicidade.

Viviana: _Naty... Feliz aniversário! (A abracei fortemente)

Natália: _Obrigada!

Viviana: _Quero um favor seu depois.

Natália: _Tá bem. É só falar.

Viviana: _Mais tarde falo.

Dei um beijo no rosto de Natália e fui atrás de meu filho, já estava tarde eu pretendia coloca-lo para dormir. Peguei Ryan no colo de minha tia Joana e fui com ele até o quarto e minha tia atrás. Desci uma das alças do meu vestido e dei a mamada de meu filho. Minha tia olhava cada movimento meu atentamente.

Viviana: _Tia que cara é essa?

Joana: _É que seu carinho pelos seus filhos é lindo. Fico admirada com a responsabilidade... Seu jeito com eles.

Viviana: _Acho que treinei bem com a Mia.

Joana: _Com certeza. Você foi mãe tão cedo, mas assumiu o papel.

Viviana: _Lógico. Sei todas as consequências de uma transa. Mesmo me prevenindo acidentes acontecem.

Joana: _Sim. A Zoeh eu sei que foi acidente, mas o Ryan?

Viviana: _Foi descuido mesmo. Esqueci de tomar o remédio alguns dias e transei sem camisinha. Mas porque você nunca teve filho...

Joana: _É complicado.

Viviana: _Resume.

Joana: _Bom, fui casada durante anos com seu tio que faleceu num acidente de carro.

Viviana: _Sim. Mas depois dele você teve mais namorados.

Joana: _Sim. E durante um namoro, com o Silvio, lembra?

Viviana: _Lembro sim.

Joana: _Então, nós dois conversamos sobre ter filho e eu fui no médico pra ver se tava tudo bem porque eu queria ter um filho. Mas eu descobri que não posso ter filhos. (Seus olhos marejaram)

Viviana: _Tia desculpa...

Coloquei Ryan no berço e fui abraçar minha tia. Seu choro era contido, porém sentido, me senti mal por ter mexido nessa ferida.

Viviana: _Desculpa. Não queria fazer você chorar.

Joana: _Tá bem. Já me conformei com essa situação.

Viviana: _Mas saiba que você é uma mãe pra mim.

Joana: _Você também sempre foi uma filha pra mim.

Minha tia beijou minha testa, eu enxuguei suas lágrimas e fomos para a varanda. Ao chegar na varanda vi Bruno com seus irmãos cantando, imediatamente lembrei da época que eu dançava nos shows deles. Chamei Patrícia e Liah para dançar, fizemos as coreografias da época em meio a risos. Logo Natália e Renata também se juntaram ao nosso baile. Só parei de dançar quando o cansaço me venceu.

Após muitos risos, músicas e danças, fui com minha filha e Mia para o quarto. As arrumei, quando ia dormir vi minha tia abrir a porta.

Cont...