Viviana: _Aceitam ajuda?
Joana: _Ajudas sempre são bem vindas.
Luma: _Corta uns tomates e umas cebolas...
Minha mãe me entregou uma tigela com três tomates e
outra com duas cebolas. Piquei tudo enquanto conversávamos, minha tia falava
sobre mim, sobre meu amadurecimento, eu ri ao ver as afirmações. Parecia que
nos últimos dias as pessoas haviam resolvido falar sobre o quão responsável eu
tinha me tornado, sobre minha mudança de comportamento; Haviam vários fatores
para minha mudança, que muitos julgavam como repentina, mas entre os principais
motivos estavam o meu casamento e minhas duas gestações. O fato era que eu não
me sentia tão diferente como diziam, meu jeito ainda era o mesmo, as únicas
diferenças que eu percebia eram as físicas; quadris mais arredondados, seios
mais fartos e a barriga saliente que ainda me atormentava.
Após terminar de cortas as cebolas e os tomates,
lavei as mão e pus a mesa. Arrumei os pratos, talheres e copos em seus devidos
lugares e fui para a sala. Ao entrar na sala Ryan erguei os bracinhos vindo ao
meu encontro, o peguei no colo e me sentei em um dos sofás, logo depois Bruno
se sentou ao meu lado.
Bruno: _A gente podia dar uma caminhada na praia.
Eu, você e as crianças.
Viviana: _Gostei da ideia. Deixa só trocar de
roupa.
Bruno: _Tá bem, mas não demora.
Viviana: _Vou ser rápida!
Entreguei Ryan para Bruno indo para o quarto logo
em seguida. Tirei a roupa que vestia procurando outra logo em seguida, fiquei
alguns minutos até achar o que queria e me vesti. Antes de sair do quarto
peguei meu celular e casacos para meus filhos. Fui para sala, coloquei os
casacos em meus filhos e antes de sair de casa avisei para minha mãe que estava
indo caminhar na praia, mas voltaria pra o jantar.
Caminhamos algumas quadras até chegarmos ao posto nove
da praia de Copacabana. Andamos pela areia tranquilamente com nossos filhos,
nos sentamos perto de onde as ondas quebravam. Coloquei Ryan entre minhas
pernas e Bruno fez o mesmo com Zoeh. Nossos filhos brincavam com a areia
despreocupadamente enquanto eu e Bruno namorávamos.
Bruno: _Amor, acho que a gente pode tirar um dia
pra só pra nós dois.
Viviana: _A gente tem que ver. Tem que ser um dia
que minha mãe ou a tia Jô fique com eles.
Bruno: _Uhum... (ME deu um beijo) Quero que você me
leve à algum lugar especial.
Viviana: _Já sei aonde vou te levar.
Bruno: _Onde?
Viviana: _Segredo, vai ser uma surpresa.
Bruno: _Ok, ok...
Zoeh: _Pai, tô com fome! (Falou virando para trás)
Bruno: _Ok, já vamos.
Bruno se levantou me ajudando a me levantar logo em
seguida, ele pegou Ryan no colo e eu segurei a mão de Zoeh. Caminhamos e em
poucos minutos já estávamos em casa. Jantamos na companhia da minha família,
estávamos animados e após comermos levei meus filhos para meu quarto.
Entrei no quarto e liguei a televisão colocando em
algum canal infantil para que eles vissem. Enquanto Ryan e Zoeh viam algum
programa infantil qualquer eu guardava alguns brinquedos deles que estavam ali
espalhados. Me sentei no chão guardando as coisas ali espalhadas, demorei um
pouco na tarefa devido a bagunça feita por meus filhos se agregar a que eu e
Bruno havíamos feito. Assim que terminei de juntar tudo me sentei na cama ao
lado dos meus filhos que se deitaram em meu colo adormecendo logo em seguida.
Quando Bruno entrou no quarto pedi que ele me ajudasse a colocar Zoeh na sua
cama improvisada e Ryan no berço. Minha mãe havia posto uma cama dessas
dobráveis no quarto para que Ryan pudesse dormir no berço. Bruno montou a cama e
colocou Zoeh ali e eu pus Ryan no berço. Nos deitamos na cama e ficamos
conversando.
Bruno: _Amor, você tá tão quietinha...
Viviana: _Tô cansada. Só isso, depois que eu dormir
vou recarregar as baterias.
Bruno: _Deita aqui que te faço um cafuné.
Viviana: _Amo quando você tá carinhosinho assim...
Dei um selinho em Bruno e deitei em seu peito, ele
fazia cafuné em minha cabeça. Adormeci com seu carinho gostoso. Alguns dias
depois acordei cedo para preparar as coisas para o passei que faria com Bruno.
Fui até a cozinha onde encontrei minha mãe sentada tomando café da manhã com
minha avó, me sentei ao lado delas, comi um pouco e relembrei que iria sair com
Bruno e elas tomariam conta de meus filhos.
Voltei para o quarto, peguei minha roupa e fui para
o banheiro. Tomei banho, me arrumei e fui para o quarto acordar Bruno. Me
sentei ao seu lado na cama e chamei calmamente enquanto fazia carinho em seu
rosto.
Viviana: _Acorda amor.
Bruno: _Mais cinco minutos!
Viviana: _Vamos passear. Hoje sou toda sua, sem
Zoeh, sem Ryan... Só eu e você.
Bruno: _Sério?! (Me olhos de esguelha)
Viviana: _Uhum... Todinha sua.
Bruno: _Me espera!
Bruno selou nossos lábios se levantando logo em
seguida. Fiquei o esperando no quarto, em poucos minutos ele voltou arrumado.
Peguei minha bolsa e saímos.
Iríamos para o jardim botânico, fazia tempo que não
ia lá e revisitar o local na companhia de Bruno seria no mínimo interessante.
Levamos cerca de uma hora para chegarmos até nosso destino, estacionei o carro
no estacionamento frontal e entramos no local. Andávamos de mãos dadas
observando cada detalhe, o local era pacífico e o clima frio estava colaborando
para nosso passei, já que menos pessoas estavam no local. Após caminharmos
alguns minutos chegamos ao caminho das palmeiras imperiais. Bruno parecia
encantado com tudo que via, paramos para tirar algumas fotos entre as
palmeiras, enquanto ele me fotografava e desatei a falar sobre o lugar.
Viviana: _Esse lugar além de lindo é tão
cultural... Eu adorava vir aqui quando era mais nova.
Bruno: _Tem a ver com a história do país né?!
Viviana: _Sim. Esse aqui é o “caminho das palmeiras
imperiais”. A primeira palmeira foi plantada por D. João VI, ele dizia que dava
um ar de império ter palmeiras na entrada da casa. (Falei revirando os olhos)
Porém a primeira palmeira foi derrubada por um raio, outra palmeira foi
plantada no lugar e em 1972 foi atingida por outro raio. Ou seja, um raio pode
sim cair no mesmo local duas vezes. O tronco dessa última palmeira se encontra
em exposição no museu que tem aqui.
Bruno: _Você fica engraçada com essa postura de
professora de história.
Viviana: _Para que fico com vergonha.
Bruno: _Fica linda assim.
Viviana: _Tá, tá... Agora vem que quero te mostrar
o caminho da mata atlântica.
(POV Bruno) Vivi estava tão linda empolgada com o
nosso passeio. Ela falava fatos do local, parecia tão encantada com tudo aquilo
que eu poderia jurar ser a primeira vez que ela estava ali. Após ele contar
tudo que sabia, ou quase tudo, ela segurou minha mão me puxando para me mostrar
outro local. Caminhamos alguns minutos e até chegarmos a uma catarata. Vivi se
sentou em uma das pedras que haviam ali e eu me sentei ao lado dela. Ela
aproximou seu rosto do meu e roçou nossos narizes gentilmente colando nossos
lábios em seguida. Nos beijamos de forma mágica e calma, nossas línguas se
entrelaçavam de forma harmônica e prazerosa. Afastei nossos lábios quando me
faltou o ar e a vi reclamar logo em seguida.
Viviana: _Não... Quero mais. (Falou baixo de olhos
fechados)
Bruno: _Eu preciso respirar.
Viviana: _Não, não precisa... (Fez manha)
Bruno: _Preciso, necessito... (Falei contendo o
riso)
Viviana: _Você precisa de mim.
Bruno: _Muito. Mas se eu não respirar você terá um
marido roxo, duro, seco e gelado. É isso que você quer?
Viviana: _Credo... Respira amor, respira que te
quero muito vivo!
Bruno: _Estou respirando. (Sorri com o jeito
atrapalhado de Vivi)
Viviana: _Tá descansado? (Afirmei positivamente)
Então vamos andar mais um pouco.
Bruno: _Só se você me levar pra comer daqui a
pouco.
Viviana: _Tudo bem... Agora vamos.
Vivi se levantou e segurou minha mão sorrindo
abobadamente, seus cabelos voavam conforme o vento soprava. Eu queria congelar
aquela cena para poder vê-la e revê-la todas as vezes que me dessem vontade.
Cont...
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