domingo, 21 de julho de 2013

Cap. 172

Viviana: _Aceitam ajuda?
Joana: _Ajudas sempre são bem vindas.
Luma: _Corta uns tomates e umas cebolas...

Minha mãe me entregou uma tigela com três tomates e outra com duas cebolas. Piquei tudo enquanto conversávamos, minha tia falava sobre mim, sobre meu amadurecimento, eu ri ao ver as afirmações. Parecia que nos últimos dias as pessoas haviam resolvido falar sobre o quão responsável eu tinha me tornado, sobre minha mudança de comportamento; Haviam vários fatores para minha mudança, que muitos julgavam como repentina, mas entre os principais motivos estavam o meu casamento e minhas duas gestações. O fato era que eu não me sentia tão diferente como diziam, meu jeito ainda era o mesmo, as únicas diferenças que eu percebia eram as físicas; quadris mais arredondados, seios mais fartos e a barriga saliente que ainda me atormentava.
Após terminar de cortas as cebolas e os tomates, lavei as mão e pus a mesa. Arrumei os pratos, talheres e copos em seus devidos lugares e fui para a sala. Ao entrar na sala Ryan erguei os bracinhos vindo ao meu encontro, o peguei no colo e me sentei em um dos sofás, logo depois Bruno se sentou ao meu lado.

Bruno: _A gente podia dar uma caminhada na praia. Eu, você e as crianças.
Viviana: _Gostei da ideia. Deixa só trocar de roupa.
Bruno: _Tá bem, mas não demora.
Viviana: _Vou ser rápida!

Entreguei Ryan para Bruno indo para o quarto logo em seguida. Tirei a roupa que vestia procurando outra logo em seguida, fiquei alguns minutos até achar o que queria e me vesti. Antes de sair do quarto peguei meu celular e casacos para meus filhos. Fui para sala, coloquei os casacos em meus filhos e antes de sair de casa avisei para minha mãe que estava indo caminhar na praia, mas voltaria pra o jantar.
Caminhamos algumas quadras até chegarmos ao posto nove da praia de Copacabana. Andamos pela areia tranquilamente com nossos filhos, nos sentamos perto de onde as ondas quebravam. Coloquei Ryan entre minhas pernas e Bruno fez o mesmo com Zoeh. Nossos filhos brincavam com a areia despreocupadamente enquanto eu e Bruno namorávamos.

Bruno: _Amor, acho que a gente pode tirar um dia pra só pra nós dois.
Viviana: _A gente tem que ver. Tem que ser um dia que minha mãe ou a tia Jô fique com eles.
Bruno: _Uhum... (ME deu um beijo) Quero que você me leve à algum lugar especial.
Viviana: _Já sei aonde vou te levar.
Bruno: _Onde?
Viviana: _Segredo, vai ser uma surpresa.
Bruno: _Ok, ok...
Zoeh: _Pai, tô com fome! (Falou virando para trás)
Bruno: _Ok, já vamos.

Bruno se levantou me ajudando a me levantar logo em seguida, ele pegou Ryan no colo e eu segurei a mão de Zoeh. Caminhamos e em poucos minutos já estávamos em casa. Jantamos na companhia da minha família, estávamos animados e após comermos levei meus filhos para meu quarto.
Entrei no quarto e liguei a televisão colocando em algum canal infantil para que eles vissem. Enquanto Ryan e Zoeh viam algum programa infantil qualquer eu guardava alguns brinquedos deles que estavam ali espalhados. Me sentei no chão guardando as coisas ali espalhadas, demorei um pouco na tarefa devido a bagunça feita por meus filhos se agregar a que eu e Bruno havíamos feito. Assim que terminei de juntar tudo me sentei na cama ao lado dos meus filhos que se deitaram em meu colo adormecendo logo em seguida. Quando Bruno entrou no quarto pedi que ele me ajudasse a colocar Zoeh na sua cama improvisada e Ryan no berço. Minha mãe havia posto uma cama dessas dobráveis no quarto para que Ryan pudesse dormir no berço. Bruno montou a cama e colocou Zoeh ali e eu pus Ryan no berço. Nos deitamos na cama e ficamos conversando.

Bruno: _Amor, você tá tão quietinha...
Viviana: _Tô cansada. Só isso, depois que eu dormir vou recarregar as baterias.
Bruno: _Deita aqui que te faço um cafuné.
Viviana: _Amo quando você tá carinhosinho assim...

Dei um selinho em Bruno e deitei em seu peito, ele fazia cafuné em minha cabeça. Adormeci com seu carinho gostoso. Alguns dias depois acordei cedo para preparar as coisas para o passei que faria com Bruno. Fui até a cozinha onde encontrei minha mãe sentada tomando café da manhã com minha avó, me sentei ao lado delas, comi um pouco e relembrei que iria sair com Bruno e elas tomariam conta de meus filhos.
Voltei para o quarto, peguei minha roupa e fui para o banheiro. Tomei banho, me arrumei e fui para o quarto acordar Bruno. Me sentei ao seu lado na cama e chamei calmamente enquanto fazia carinho em seu rosto.

Viviana: _Acorda amor.
Bruno: _Mais cinco minutos!
Viviana: _Vamos passear. Hoje sou toda sua, sem Zoeh, sem Ryan... Só eu e você.
Bruno: _Sério?! (Me olhos de esguelha)
Viviana: _Uhum... Todinha sua.
Bruno: _Me espera!

Bruno selou nossos lábios se levantando logo em seguida. Fiquei o esperando no quarto, em poucos minutos ele voltou arrumado. Peguei minha bolsa e saímos.
Iríamos para o jardim botânico, fazia tempo que não ia lá e revisitar o local na companhia de Bruno seria no mínimo interessante. Levamos cerca de uma hora para chegarmos até nosso destino, estacionei o carro no estacionamento frontal e entramos no local. Andávamos de mãos dadas observando cada detalhe, o local era pacífico e o clima frio estava colaborando para nosso passei, já que menos pessoas estavam no local. Após caminharmos alguns minutos chegamos ao caminho das palmeiras imperiais. Bruno parecia encantado com tudo que via, paramos para tirar algumas fotos entre as palmeiras, enquanto ele me fotografava e desatei a falar sobre o lugar.

Viviana: _Esse lugar além de lindo é tão cultural... Eu adorava vir aqui quando era mais nova.
Bruno: _Tem a ver com a história do país né?!
Viviana: _Sim. Esse aqui é o “caminho das palmeiras imperiais”. A primeira palmeira foi plantada por D. João VI, ele dizia que dava um ar de império ter palmeiras na entrada da casa. (Falei revirando os olhos) Porém a primeira palmeira foi derrubada por um raio, outra palmeira foi plantada no lugar e em 1972 foi atingida por outro raio. Ou seja, um raio pode sim cair no mesmo local duas vezes. O tronco dessa última palmeira se encontra em exposição no museu que tem aqui.
Bruno: _Você fica engraçada com essa postura de professora de história.
Viviana: _Para que fico com vergonha.
Bruno: _Fica linda assim.
Viviana: _Tá, tá... Agora vem que quero te mostrar o caminho da mata atlântica.

(POV Bruno) Vivi estava tão linda empolgada com o nosso passeio. Ela falava fatos do local, parecia tão encantada com tudo aquilo que eu poderia jurar ser a primeira vez que ela estava ali. Após ele contar tudo que sabia, ou quase tudo, ela segurou minha mão me puxando para me mostrar outro local. Caminhamos alguns minutos e até chegarmos a uma catarata. Vivi se sentou em uma das pedras que haviam ali e eu me sentei ao lado dela. Ela aproximou seu rosto do meu e roçou nossos narizes gentilmente colando nossos lábios em seguida. Nos beijamos de forma mágica e calma, nossas línguas se entrelaçavam de forma harmônica e prazerosa. Afastei nossos lábios quando me faltou o ar e a vi reclamar logo em seguida.

Viviana: _Não... Quero mais. (Falou baixo de olhos fechados)
Bruno: _Eu preciso respirar.
Viviana: _Não, não precisa... (Fez manha)
Bruno: _Preciso, necessito... (Falei contendo o riso)
Viviana: _Você precisa de mim.
Bruno: _Muito. Mas se eu não respirar você terá um marido roxo, duro, seco e gelado. É isso que você quer?
Viviana: _Credo... Respira amor, respira que te quero muito vivo!
Bruno: _Estou respirando. (Sorri com o jeito atrapalhado de Vivi)
Viviana: _Tá descansado? (Afirmei positivamente) Então vamos andar mais um pouco.
Bruno: _Só se você me levar pra comer daqui a pouco.
Viviana: _Tudo bem... Agora vamos.

Vivi se levantou e segurou minha mão sorrindo abobadamente, seus cabelos voavam conforme o vento soprava. Eu queria congelar aquela cena para poder vê-la e revê-la todas as vezes que me dessem vontade.

Cont...

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