sexta-feira, 12 de julho de 2013

Cap. 164

Viviana: _Ai meu Deus!
Renata: _EU VOU CASAR!
Viviana: _Aham... Agora fala sério. (Disse desacreditando)
Renata: _É sério. Olha aqui!

Renata ergueu sua mão para que eu pudesse ver o anel que ela usava em sua mão direita. Quase me cegou com o brilhante reluzente que tinha no centro do anel. Arqueei uma das sobrancelhas e abri a boca com uma expressão surpresa. Realmente não era brincadeira, minha irmã mais velha iria se casar, eu estava feliz e perplexa por não saber o quão sério seu relacionamento havia se tornado. Olhava para sua mão e seu rosto, fiz esse gesto repetidamente durante segundos. Abri a boca para falar após digerir todas aquelas informações.

Viviana: _Como? Quando?... Meu Deus VOCÊ VAI CASAR! (A abracei fortemente)
Renata: _O Carlos me pediu em casamento ontem. Eu disse que viria passar o natal com você e meu pai aí ele tirou uma caixinha do bolso e me entregou. Quase tive um treco quando vi o anel.
Viviana: _Tô feliz por você. Me dá mais um abraço.
Renata: _Eu vou casar!

Nos abraçamos e ficamos comentando sobre o futuro casamento de minha irmã. A felicidade estava estampada no rosto de Renata, ela parecia uma criança que acaba de ganhar um brinquedo muito desejado, seus olhos estavam brilhando combinando com o sorriso que saía naturalmente de seus lábios.
Passei a tarde arrumando a casa junto com as demais mulheres que estavam na casa. Zoeh corria com Mia entre as pessoas da casa, arrancando sorrisos de todos. Após arrumar tudo fui até o quarto pegar meu celular, estava começando a estranhar a ausência de Bruno, ele havia saindo alegando que precisava ir até a casa dos pais pegar algo para sua mãe e não demoraria, porém já fazia mais de quatro horas que ele tinha ido e eu estava me preocupando. Me sentei na beira da cama e peguei o celular, apertei a tecla de chamada rápida e coloquei o telefone no ouvido, pra minha surprese deu fora de área. Bufei me deitando na cama, olhei o relógio na cabeceira da cama e vi que já era mais de seis da tarde, decidi agir a vida.
Fui ao encontro de meus filhos, chamei Zoeh e peguei Ryan no colo de Renata. Fui para o quarto, tirei as roupas de Ryan e disse pra Zoeh me esperar enquanto eu dava banho no seu irmão. Enquanto banhava meu filho vi Liah entrar no quarto.

Liah: _Amiga, vim te ajudar com essas pestinhas. (Falou beijando Zoeh)
Viviana: _Ah obrigada!
Liah: _Você tá bem?
Viviana: _Tô... (Disse negando com a cabeça apontando para Zoeh)
Liah: _AH... Como te ajudo?
Viviana: _Tira a roupa da Zoeh e me traz uma toalha pra eu secar o Ryan.

Liah me entregou a toalha de Ryan, eu o sequei e fui para o quarto com ele para vesti-lo. O arrumei e dei para minha amiga, e madrinha do menino, para que ela o vigiasse enquanto eu dava banho em minha filha. Dei banho nela enquanto ela cantava brincando com a espuma de seu cabelo. Eu sorria com sua inocência e continuava a banhando, terminei de banha-la, a vesti e disse para ela perguntar a avó se estava bonita. Na verdade queria que ela saísse me deixando sozinha com Liah. Encostei a porta assim que minha filha saiu.

Liah: _Agora fala o que você tem. Sua cara tá muito estranha...
Viviana: _Ah... (suspirei pesadamente) O Bruno aconteceu.
Liah: _Brigaram? Mas até hoje de manhã vocês estavam bem!
Viviana: _Não brigamos.
Liah: _Então... Não entendo!
Viviana: _Ele saiu tem mais de quatro horas e até agora não voltou, não ligou... Nem sinal de fumaça ele mandou!
Liah: _E você acha desse sumiço?
Viviana: _Sinceramente? (Ela afirmou com a cabeça) Não sei o que pensar. (Falei me sentando ao lado dela)
Liah: _Só não toma decisões precipitadas. Por vocês, pelos filhos... Me promete.

Ergui minha cabeça para ela e apenas balancei afirmando, mordendo meus lábios. Liah beijou minha testa e saiu do quarto. Separei minha rouba e entrei no banheiro. Enquanto tomava banho minha cabeça foi tomada por um turbilhão de pensamentos tomavam conta de mim. Pensava em tudo que Bruno podia estar fazendo e não chegava a nenhuma conclusão. Decidir parar de pensar após me vestir. Vi meu telefone e resolvi ligar para minha mãe, liguei e caiu na casa postal, resolvi deixar recado para ela.

Viviana: _Mãe, sei que você não tá aí, eu só queria dizer que tô com saudade. Ah... Te amo muito, nos vemos em breve.

Desliguei o telefone e fui para o jardim da casa, lá permaneci calada até que vi Bruno se aproximar, e pra minha surpresa logo atrás dele minha família. Embora estivesse feliz em vê-los, estava extremamente irritada com meu marido. Falei com minha mãe que disse ter ouvido o recado, falei com meu padrasto, minha tia e por último minha avó que fez seu típico drama dizendo que eu estava mais magra que de costume. Depois de falar com minha família passei por bruno sem cumprimenta-lo, se ele fosse esperto o bastante, como eu julgava, ele iria atrás de mim.

(POV Bruno) Na tarde do dia 24 de dezembro, estávamos todos na fazenda para a ceia que aconteceria de noite. Eu havia combinado com a família de Vivi que os buscaria a tarde e os levaria pra fazenda. Saí da fazenda dizendo que iria na casa dos meus pais porque precisava pegar algo lá, a Vivi concordou sem nem ao menos imaginar o que eu realmente faria.
Assim que cheguei ao aeroporto vi os voos estavam atrasados, praguejei mentalmente. Uma hora depois do previsto vi minha sogra sair pelo portão de desembarque eu sorri aliviado. Cumprimentei a família de Vivi e fomos ao estacionamento. Acomodei as malas no bagageiro do carro, me sentando logo em seguida no banco do motorista. Dirigi desesperado para chegar até a fazenda, mas pra minha infelicidade eu estava em São Paulo. Levei duas horas pra sair do trânsito enlouquecedor e mais uma hora para chegar ao interior.
Quando chegamos na fazenda vi Vivi me olhar com cara de poucos amigos, ela falou com seus familiares amorosamente sem se quer olhar em meu rosto. Quando ela falou com todos pense que viria falar comigo, porém ela me lançou um olhar de desapontamento e saiu dali, linda e rebolativa. Essa era minha deixa! A segui até nos afastarmos da casa, não totalmente, mas de forma que ninguém pudesse ouvir nossa conversa.

Bruno: _Ei! Amor, o que você tem?
Viviana: _Você some o dia todo e me pergunta o que eu tenho?! POR FAVOR!
Bruno: _Desculpe, mas se eu te contasse estragaria a surpresa. Pensei que fosse ficar feliz com ela...
Viviana: _Não é isso. Estou feliz por você ter trago minha família, mas podia ao menos ter ligado pra dizer que estava bem. Me assustei. (Falou se sentando no banco que havia ali) Me preocupei.
Bruno: _Não foi minha intenção, acho que você sabe.

Me sentei ao seu lado a abraçando. Ela respirava pesadamente, seu semblante era confuso. Talvez ela tivesse se preocupado demais e quisesse expor tudo que havia pensado. Apenas esperei ela ordenar as palavras em sua mente para poder dizê-las.

Viviana: _Pensei milhões de coisas sem saber onde você estava.
Bruno: _Porque não me ligou?
Viviana: _Liguei, mas caiu direto na caixa postal.
Bruno: _Mas eu não desliguei o telefone. (Tirei o telefone do bolso e vi que ele estava descarregado) Sem bateria.
Viviana: _Claro, você esquece que o telefone precisa ser carregado. (Falou rolando os olhos)
Bruno: _Amor, me desculpe.
Viviana: _Não tem o que desculpar. Você não fez nadar de errado...
Bruno: _Então melhora essa carinha.
Viviana: _Só se você me beijar.

Nos beijamos de modo tão calmo que pude jurar que ao nosso redor não tinha ninguém. O mundo parou naquele instante. Sei que parece clichê, mas só tinha duas pessoas no universo durante aquele beijo, Vivi e eu. Soltamos nossas bocas quando o ar faltou, ela recostou sua cabeça em meu ombro. Vi que ela olhava algo e segui a direção de seu olhar, percebendo nossa filha vir andando em nossa direção acompanhada de Mia.

Mia: _Tio Bruno, ela tava chorando.

Cont...

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