Viviana: _Ai meu Deus!
Renata: _EU VOU CASAR!
Viviana: _Aham... Agora fala sério. (Disse
desacreditando)
Renata: _É sério. Olha aqui!
Renata ergueu sua mão para que eu pudesse ver o
anel que ela usava em sua mão direita. Quase me cegou com o brilhante reluzente
que tinha no centro do anel. Arqueei uma das sobrancelhas e abri a boca com uma
expressão surpresa. Realmente não era brincadeira, minha irmã mais velha iria
se casar, eu estava feliz e perplexa por não saber o quão sério seu
relacionamento havia se tornado. Olhava para sua mão e seu rosto, fiz esse
gesto repetidamente durante segundos. Abri a boca para falar após digerir todas
aquelas informações.
Viviana: _Como? Quando?... Meu Deus VOCÊ VAI CASAR!
(A abracei fortemente)
Renata: _O Carlos me pediu em casamento ontem. Eu
disse que viria passar o natal com você e meu pai aí ele tirou uma caixinha do
bolso e me entregou. Quase tive um treco quando vi o anel.
Viviana: _Tô feliz por você. Me dá mais um abraço.
Renata: _Eu vou casar!
Nos abraçamos e ficamos comentando sobre o futuro
casamento de minha irmã. A felicidade estava estampada no rosto de Renata, ela
parecia uma criança que acaba de ganhar um brinquedo muito desejado, seus olhos
estavam brilhando combinando com o sorriso que saía naturalmente de seus
lábios.
Passei a tarde arrumando a casa junto com as demais
mulheres que estavam na casa. Zoeh corria com Mia entre as pessoas da casa,
arrancando sorrisos de todos. Após arrumar tudo fui até o quarto pegar meu
celular, estava começando a estranhar a ausência de Bruno, ele havia saindo
alegando que precisava ir até a casa dos pais pegar algo para sua mãe e não
demoraria, porém já fazia mais de quatro horas que ele tinha ido e eu estava me
preocupando. Me sentei na beira da cama e peguei o celular, apertei a tecla de
chamada rápida e coloquei o telefone no ouvido, pra minha surprese deu fora de
área. Bufei me deitando na cama, olhei o relógio na cabeceira da cama e vi que
já era mais de seis da tarde, decidi agir a vida.
Fui ao encontro de meus filhos, chamei Zoeh e
peguei Ryan no colo de Renata. Fui para o quarto, tirei as roupas de Ryan e
disse pra Zoeh me esperar enquanto eu dava banho no seu irmão. Enquanto banhava
meu filho vi Liah entrar no quarto.
Liah: _Amiga, vim te ajudar com essas pestinhas.
(Falou beijando Zoeh)
Viviana: _Ah obrigada!
Liah: _Você tá bem?
Viviana: _Tô... (Disse negando com a cabeça
apontando para Zoeh)
Liah: _AH... Como te ajudo?
Viviana: _Tira a roupa da Zoeh e me traz uma toalha
pra eu secar o Ryan.
Liah me entregou a toalha de Ryan, eu o sequei e
fui para o quarto com ele para vesti-lo. O arrumei e dei para minha amiga, e
madrinha do menino, para que ela o vigiasse enquanto eu dava banho em minha
filha. Dei banho nela enquanto ela cantava brincando com a espuma de seu
cabelo. Eu sorria com sua inocência e continuava a banhando, terminei de
banha-la, a vesti e disse para ela perguntar a avó se estava bonita. Na verdade
queria que ela saísse me deixando sozinha com Liah. Encostei a porta assim que
minha filha saiu.
Liah: _Agora fala o que você tem. Sua cara tá muito
estranha...
Viviana: _Ah... (suspirei pesadamente) O Bruno
aconteceu.
Liah: _Brigaram? Mas até hoje de manhã vocês
estavam bem!
Viviana: _Não brigamos.
Liah: _Então... Não entendo!
Viviana: _Ele saiu tem mais de quatro horas e até
agora não voltou, não ligou... Nem sinal de fumaça ele mandou!
Liah: _E você acha desse sumiço?
Viviana: _Sinceramente? (Ela afirmou com a cabeça) Não
sei o que pensar. (Falei me sentando ao lado dela)
Liah: _Só não toma decisões precipitadas. Por
vocês, pelos filhos... Me promete.
Ergui minha cabeça para ela e apenas balancei
afirmando, mordendo meus lábios. Liah beijou minha testa e saiu do quarto.
Separei minha rouba e entrei no banheiro. Enquanto tomava banho minha cabeça
foi tomada por um turbilhão de pensamentos tomavam conta de mim. Pensava em
tudo que Bruno podia estar fazendo e não chegava a nenhuma conclusão. Decidir
parar de pensar após me vestir. Vi meu telefone e resolvi ligar para minha mãe,
liguei e caiu na casa postal, resolvi deixar recado para ela.
Viviana: _Mãe, sei que você não tá aí, eu só queria
dizer que tô com saudade. Ah... Te amo muito, nos vemos em breve.
Desliguei o telefone e fui para o jardim da casa,
lá permaneci calada até que vi Bruno se aproximar, e pra minha surpresa logo
atrás dele minha família. Embora estivesse feliz em vê-los, estava extremamente
irritada com meu marido. Falei com minha mãe que disse ter ouvido o recado,
falei com meu padrasto, minha tia e por último minha avó que fez seu típico
drama dizendo que eu estava mais magra que de costume. Depois de falar com
minha família passei por bruno sem cumprimenta-lo, se ele fosse esperto o
bastante, como eu julgava, ele iria atrás de mim.
(POV Bruno) Na tarde do dia 24 de dezembro,
estávamos todos na fazenda para a ceia que aconteceria de noite. Eu havia
combinado com a família de Vivi que os buscaria a tarde e os levaria pra
fazenda. Saí da fazenda dizendo que iria na casa dos meus pais porque precisava
pegar algo lá, a Vivi concordou sem nem ao menos imaginar o que eu realmente
faria.
Assim que cheguei ao aeroporto vi os voos estavam
atrasados, praguejei mentalmente. Uma hora depois do previsto vi minha sogra
sair pelo portão de desembarque eu sorri aliviado. Cumprimentei a família de
Vivi e fomos ao estacionamento. Acomodei as malas no bagageiro do carro, me
sentando logo em seguida no banco do motorista. Dirigi desesperado para chegar
até a fazenda, mas pra minha infelicidade eu estava em São Paulo. Levei duas
horas pra sair do trânsito enlouquecedor e mais uma hora para chegar ao
interior.
Quando chegamos na fazenda vi Vivi me olhar com
cara de poucos amigos, ela falou com seus familiares amorosamente sem se quer
olhar em meu rosto. Quando ela falou com todos pense que viria falar comigo,
porém ela me lançou um olhar de desapontamento e saiu dali, linda e rebolativa.
Essa era minha deixa! A segui até nos afastarmos da casa, não totalmente, mas
de forma que ninguém pudesse ouvir nossa conversa.
Bruno: _Ei! Amor, o que você tem?
Viviana: _Você some o dia todo e me pergunta o que
eu tenho?! POR FAVOR!
Bruno: _Desculpe, mas se eu te contasse estragaria
a surpresa. Pensei que fosse ficar feliz com ela...
Viviana: _Não é isso. Estou feliz por você ter
trago minha família, mas podia ao menos ter ligado pra dizer que estava bem. Me
assustei. (Falou se sentando no banco que havia ali) Me preocupei.
Bruno: _Não foi minha intenção, acho que você sabe.
Me sentei ao seu lado a abraçando. Ela respirava
pesadamente, seu semblante era confuso. Talvez ela tivesse se preocupado demais
e quisesse expor tudo que havia pensado. Apenas esperei ela ordenar as palavras
em sua mente para poder dizê-las.
Viviana: _Pensei milhões de coisas sem saber onde
você estava.
Bruno: _Porque não me ligou?
Viviana: _Liguei, mas caiu direto na caixa postal.
Bruno: _Mas eu não desliguei o telefone. (Tirei o
telefone do bolso e vi que ele estava descarregado) Sem bateria.
Viviana: _Claro, você esquece que o telefone
precisa ser carregado. (Falou rolando os olhos)
Bruno: _Amor, me desculpe.
Viviana: _Não tem o que desculpar. Você não fez
nadar de errado...
Bruno: _Então melhora essa carinha.
Viviana: _Só se você me beijar.
Nos beijamos de modo tão calmo que pude jurar que
ao nosso redor não tinha ninguém. O mundo parou naquele instante. Sei que
parece clichê, mas só tinha duas pessoas no universo durante aquele beijo, Vivi
e eu. Soltamos nossas bocas quando o ar faltou, ela recostou sua cabeça em meu
ombro. Vi que ela olhava algo e segui a direção de seu olhar, percebendo nossa
filha vir andando em nossa direção acompanhada de Mia.
Mia: _Tio Bruno, ela tava chorando.
Cont...
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