terça-feira, 18 de junho de 2013

Cap. 141

Viviana: _Quanta mulher na minha casa. Assim fico com ciúme do meu marido.
Renata: _Boba! (Falou me abraçando)
Bruno: _Oi meninas! Vivi, vou lá no quarto.
Viviana: _Tá bem! (Nos beijamos)
Yasmin: _Caramba. Como essa barriga tá grande!
Renata: _Ai... Meu sobrinho lindo!
Viviana: _Você nem viu a cara e já diz que é lindo?
Regina: _Sendo meu neto é lindo!
Camila: _Conta como foi o ultrassom.
Viviana: _Tudo perfeito. (Falei me sentando no sofá) O Ryan está bem, saudável, gordinho e tem o nariz igual ao meu! (Falei boba)
Yasmin: _É bom saber que nosso filho está bem.
Regina: _É maravilhoso!
Viviana: _Realmente. Mas à que se deve a visita de vocês?
Renata: _Já que até agora você não falou sobre o chá de bebê, tomamos a iniciativa por você!
Regina: _E nem adianta dizer que não.
Viviana: _Vocês venceram. (Falei levantando as duas mãos em sinal de rendição) O que pensaram?
Camila: _Vou pegar um suco pra gente. Já volto!
Yasmin: _Tivemos mil ideias.

Elas me contaram animadas sobre o chá de bebê, eu ria da empolgação delas. Combinamos data hora e local, decidi participar dos detalhes com elas, ficamos de ver pequenas coisas mais pra frente. Todas foram embora quando a noite começou a cair, me despedi delas e fui até o quarto atrás de Bruno, estranhei o fato de ele e nem Zoeh não descerem, vi tudo muito silencioso e abri a porta vagarosamente, quando adentrei o quarto me encantei com a cena que vi. Bruno dormia abraçado com Zoeh tranquilamente, me sentei ao lado dos dois e fiquei observando a feição serena de Bruno e o ar inocente de minha filha. Me levantei da cama e fui para o banheiro, tomei um banho relaxante, pesei meu hidratante e vesti apenas uma camiseta que revelava minha lingerie através de seu tecido fino, voltei ao quarto e me deitei ao lado de Bruno, dei um leve beijo em seus lábios e fiquei minutos o observando. Levantei, peguei meu iPod, o livro que havia começado a ler, Marley e Eu, e me sentei na poltrona que havia ali no quarto abrindo o livro na página marcada e comecei a ler.
No meio da leitura, anotei em uma folha algumas frases que achei marcante. Todas, ou quase todas me lembravam Ringo, não sei se por ele ser da mesma raça do Marley ou se foi simplesmente por amar aquele cão da mesma forma que o autor do livro amava aquele que ele denominava como “o pior cão do mundo”. Ria silenciosamente com algumas peraltices do protagonista do livro, era tão parecido com o cão de Bruno. Estava anotando uma frase, distraidamente quando senti a respiração de Bruno em meu pescoço acompanhado de sua voz rouca, por ter despertado a pouco, lendo a frase.

Bruno: _“Poderíamos ter comprado um pequeno iate com o que nós gastamos com o nosso cachorro e tudo que ele destruiu. Mas, me pergunto: quantos iates ficam esperando junto a porta o dia inteiro até você voltar? Quantos vivem esperando a chance de subir no seu colo ou descer a colina com você em um tobogã, lambendo o seu rosto?”. Hum... Sugestivo!
Viviana: _Sugestivo?
Bruno: _Sim. Isso me lembra muito o Ringo, a Grizly e todos os cachorros lá de casa, digo, da casa da minha mãe.
Viviana: _Esse livro inteiro me lembrou o Ringo.
Bruno: _Tá em que página?
Viviana: _Duzentos e noventa e dois indo pra duzentos e noventa e três.
Bruno: _E quantas páginas o livro tem?
Viviana: _Trezentas.
Bruno: _Você não leu, você devorou esse livro. Começou a ler tem no máximo quinze dias.
Viviana: _Tempo de ócio dá nisso. Como a obstetra mandou eu diminuir o ritmo de trabalho, de atividades físicas e outras coisas, ler é o que me resta.
Bruno: _Ainda bem que você gosta de ler. Qual o próximo livro da lista?
Viviana: _Tem “A Última Música”, “Alice No País das Maravilha”, tô pra ler esse livro faz tempo, “O Menino do Pijama Listrado”,  “Anjos e Demônios” e o clássico “O Pequeno Príncipe”.
Bruno: _Hum... Vamos ler “A Última Música”!
Viviana: _Como assim vamos ler?
Bruno: _Vou ler, ou pelo menos tentar com você.

Levantei da poltrona emitindo um som patético e anasalado com através da boca, abracei o pescoço de Bruno o beijando. Nos sentamos na poltrona abraçados, ficamos conversando coisas banais e sobre nosso filho. Adormeci em seu colo, acordei na manhã seguinte indisposta, cutuquei Bruno, ainda na cama, o chamando, ele resmungou um pouco e após minhas tentativas insistentes me olhou um pouco desconfiado.

Bruno: _Fala o que te leva a me acordar.
Viviana: _Tô passando mal!
Bruno: _O que você tá sentindo? (Falou se levantando bruscamente)
Viviana: _Um enjoo muito forte. Meu estômago tá embrulhado, com laço e tudo!

Bruno sorriu com meu comentário se levantando indo até a cômoda para pegar o remédio que eu tomava quando tinha enjoos, ele se sentou novamente ao meu lado e me entregou o comprimido junto com um copo de água. Tomei o remédio sob seu olhar atendo, coloquei o copo no chão e me deitei novamente me aconchegando nos braços dele. Naquela manhã não fui trabalhar devido a minha indisposição. Cochilei e ouvi Zoeh entrar no quarto e Bruno dizer “a mamãe tá dormindo porque ela acordou passando mal, depois ela brinca com você”, minha filha se deitou ao meu lado e me abraçou com seus bracinhos pequenos, senti paz naquele momento. Horas depois desci para tomar café da manhã, comi algumas frutas assistindo televisão. Terminei de comer e voltei a cozinhar para deixar a louça usada na pia, fui surpreendida por Bruno me chamando, subi as escadas com ele parando em frente ao futuro quarto de Ryan.

Bruno: _Tenho uma surpresa.
Viviana: _Me mostra.

Bruno tapou meus olhos com as mãos e entrou comigo no quarto, minutos depois tirou suas mãos e mandou que eu abrisse os olhos para que eu visse. Ele havia comprado a decoração que vimos no shopping e eu disse que havia gostado para o quarto de nosso filho. Fiquei olhando cada detalhe imaginando quando Ryan viesse ao mundo para preencher aquele quarto e nossas vidas de alegria.
 
Viviana: _É tudo tão lindo!
Bruno: _Do jeito que você queria.
Viviana: _Exatamente. Olha filha o quartinho do seu irmão! (Falei para Zoeh que entrava no quarto)
Zoeh: _Cadê eli?
Bruno: _Daqui a uns dias ele chega.
Zoeh: _Ah... (Senti desapontamento em sua voz)

Nos sentamos no chão e ficamos abraçados olhando cadê detalhe. Zoeh nos perguntava coisas sem sentido nos fazendo rir com seus comentários infantis. Passamos horas ali como uma família feliz, parecidas com essas de comerciais de margarina.
Após almoçarmos passamos na casa de meu pai e fomos a casa da família de Bruno. Franco ao nos ver alargou um sorriso em seus lábios, coloquei minha filha no chão e ela foi correndo em direção a ele gritando “Vovô, vovô”.  Entramos na casa com Franco, que carregava Zoeh no colo, Regina ao ouvir nossas vozes apareceu na sala, nos deu abraços apertados acompanhados de beijos amorosos. Nos sentamos e ficamos conversando.

Regina: _Vivi, o Bruno me disse que você passou mal. Como tá?
Viviana: _Tô bem. Foi só um enjoo daqueles bem fortes.
Franco: _Meu filho tá cuidando bem de você?
Bruno: _Claro que tô. Dela e da minha filha.
Viviana: _Ele é totó zeloso comigo. (Falei rindo) E um excelente pai pros nossos filhos.
Regina: _E você, tem cuidado da mamãe princesa?
Zoeh: _Tô... Eu i papai! (Disse apontando pra Bruno)
Franco: _E o Ryan?
Viviana: _Táa bem agitado hoje. Mais cedo Bruno tava conversando com ele, fazendo carinhos e ele tava se mexendo bastante.
Bruno: _A barriga dela chegou a ficar deformada.
Leandro: _A barriga de quem ficou deformada? (Falou entrando na sala)
Viviana: _A minha.
Leandro: _Por quê? (Perguntou distraído)
Bruno: _Porque seu afilhado não parava de se mexer.
Leandro: _O Ryan tá e... AFILHADO?! (Perguntou incrédulo)

Viviana: _É... Seu afilhado!

Cont...

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