Liah:
_Desde então eles são esse grude.
Thayrine:
_E como foi a transa que resultou na Zoeh?
Viviana:
_Foi naquela festa que fizeram quando eu voltei da França lá na fazenda. A
gente foi pro escritório e transamos lá, a camisinha estourou. Fiquei
desesperada, aí contei pra Regina que me acalmou. E hoje temos a linda da Zoeh.
Patrícia:
_E o Ryan?
Viviana:
_Foi quando viajamos pra Campos do Jordão. Comemoramos nosso aniversário de
casamento de forma frenética.
Liah:
_A Vivi é uma coelha.
Thayrine:
_Coelha é a Yas que teve dois de uma vez.
Renata:
_Animais a parte. Vamos descer que daqui à pouco os rapazes estão nos
procurando.
Saímos
juntas da sala, eu passei no meu quarto para deixar as lingeries, guardei
dentro do armário e desci indo ao encontro das demais pessoas. Conversei um
pouco com meu pai que alisava minha barriga. Estava curtindo o momento família
amigos, e como eu havia me casado com um músico, toda reunião em nossa casa
acabava assim em música. Bruno pegou seu violão, se sentou e começou a cantar,
logo Kiko e Leandro se juntaram a ele. Todos cantavam alegremente, Mateus, que
antes estava abraçado com Yasmin, se sentou ao lado de Bruno e começou a cantar
com ele. Eu observava tudo ao lado de Liah. Quando meu pai disse que iria
embora, horas depois, Zoeh começou a chorar dizendo que não queria que seu avô
fosse embora.
Miguel:
_O vovô vai mais volta.
Mia:
_Pai, ela podia ir lá pra casa.
Luciana:
_Se a mãe dela deixar.
Zoeh:
_Pode ir, mamãin? (Perguntou com olhos curiosos)
Viviana:
_Pode meu amor!
Zoeh:
_ÊÊÊ!
Pedi
pra Camila arrumar uma bolsa com as coisas de Zoeh, assim ela fez, quando ela
voltou eu entreguei a bolsa pra minha madrasta, dei recomendações ao meu pai
para não deixar minha filha dormir tarde, pra repreendê-la se fosse necessária
e etc. Após eles se despedirem me peguei pensando em como eu havia me tornado
uma mãe coruja, sorri e entrei em casa. Quando estava me dirigindo aos fundos
da casa, onde todos estavam vi Yasmin e Mateus se dirigindo à saída da casa com
os gêmeos no colo, me despedi dos dois e fui para o quintal. Me sentei ao lado
de Renata, fiquei alguns minutos conversando com ela e minhas amigas, porém
logo me senti desconfortável e fui para o quarto.
Assim
que entrei no quarto me atirei na cama, estava sentido dores pela coluna devido
ao peso da barriga. Ouvi batidas na porta e nem me dei ao trabalho de me
levantar para atender, soltei um “Entra” abafado pelo travesseiro. Vi a porta
se abrir e Leandro surgir diante dela com ar de preocupação, ele se aproximou
de mim e se abaixou em minha frente.
Leandro:
_Tá tudo bem?
Viviana:
_Não. Tô com dor! (Disse chorosa)
Leandro:
_Tenta descansar pra ver se essa dor passa.
Viviana:
_Vou tentar.
Leandro:
_Vou lá pra baixo, que alguma coisa?
Viviana:
_Não. Pede pro Bruno subir depois que o pessoal for embora.
Leandro:
_Já estão todos indo... Eu vim aqui me despedir de você e do meu afilhado.
Viviana:
_Tá bem. Cuidado no caminho!
Leandro:
_Pode deixar.
Leandro
me deu um beijo em minha testa e saiu do quarto. Horas depois Bruno entrou no
quarto e fez uma massagem em minhas costas. Acabei adormecendo com seus toques.
No
oitavo mês de gestação eu estava literalmente de molho em casa, não ia mais
trabalhar, as saídas de casa se tornaram raras, eu já não aguentava muito tempo
em pé, ninguém me deixava sozinha, tinha medo de que eu desse a luz a qualquer
momento.
Numa
manhã de quinta-feira fui com Bruno à clínica para fazer o último ultrassom.
Acordei cedo e fui tomar banho, Bruno se banhava junto comigo. Ele acariciava
minha barriga e a beijava por diversas vezes. Estávamos sentados na banheira,
Bruno atrás de mim e eu entre suas pernas, ele estava com as mãos em meu ventre
e sua cabeça em meu ombro.
Bruno:
_Amor.
Viviana:
_Oi!
Bruno:
_Será que o nosso filho var demorar pra nascer?
Viviana:
_Não sei. Falta um mês, mas ele pode nascer antes como aconteceu com a Zoeh.
Bruno:
_Tô ansioso pra ver o rostinho dele.
Viviana:
_Então vamos logo pro consultório fazer a ultra pra ter uma noção de como ele
será.
Dei
um beijo em Bruno e me levantei para pegar a toalha. Joguei uma toalha para ele
e fui para o quarto, separei a roupa que usaria e fui me pentear, estava apenas
de lingerie sentada em frente ao espelho do quarto desembaraçando os cabelos
quando Bruno passou por mim me dando um beijo no pescoço. Após me pentear fui
me vestir, feito isso passei na cozinha e comi um pouco esperando Bruno descer.
Fomos
para o consultório, conversamos com a obstetra, tiramos nossas dúvidas e
seguimos para a sala de ultrassonografia. Nos dirigimos à sala, me deitei na
maca e levantei a blusa deixando minha barriga a mostra, Bruno ficou ao meu
lado, com uma mão me fazia cafuné e com a outra segurava minha mão direita.
Nossos olhos estavam atentos a tela que mostrava nosso filho a cada detalhe.
Janaína:
_Olha só como o meninão tá grande!
Viviana:
_Vai dar pra ser parto normal?
Janaína:
_Vai sim. Ele já tá na posição, agora é só esperar que a qualquer momento ele
chega!
Bruno:
_Agora diz pra ela sossegar, diz que ela precisa fazer repouso.
Viviana:
_Eu não tô doente Bruno!
Janaína:
_Ele tem razão, agora na reta final você precisa repousar não ter
aborrecimentos.
Bruno:
_Ouviu né mocinha?!
Viviana:
_Ouvi! Doutora, deixa eu ouvir o coraçãozinho do meu Ryan.
Janaína:
_Claro.
Fiquei
ouvindo o batimento cardíaco de meu filho desejando tê-lo em meus braços. Após
a consulta Bruno me levou para lanchar, ele comprou hambúrgueres e babata-frita
para nós e copos gigantes de refrigerantes. Após lancharmos fomos para nossa
casa, chegando lá fui direto para o quarto me deitar, e consequentemente dormi.
Nessa fase final da gravidez eu estava extremamente sonolenta, tudo que eu
fazia me cansava, eu só acordava para comer e ir ao banheiro.
No
princípio de junho comecei a me sentir mais limitada, raramente eu saía do
quarto. Bruno, embora quisesse, nem sempre era possível.
O
KLB faria apresentação em um programa de TV pra divulgar o novo CD e também
para falar do dia dos namorados, Natália, Patrícia e eu iríamos participar
também. Me arrumei e fiquei esperando Bruno na sala, quando ele desceu fomos
direto para o estúdio. Após alguns minutos esperando, os meninos entraram no
palco, cantaram e logo em seguida nós entramos. Eu estava extremamente sem
graça, iria aparecer no programa do Rodrigo Faro, “O Melhor do Brasil”. Iríamos
participar de um game de casais, para ver qual se conhecia melhor.
Rodrigo:
_A disputa será entre os casais, Kiko e Patrícia, Leandro e Natália e Bruno e
Viviana!
Kiko:
_Tenho uma objeção?
Rodrigo:
_O game ainda nem começou e ele já tá chorando. Que objeção?
Kiko:
_Ali tem um trio. (Falou apontando para mim e Bruno)
Leandro:
_Verdade. Ali são três. Eles tem vantagem.
Rodrigo:
_Verdade, tem um bebezinho ali. Quando nasce?
Viviana:
_A qualquer momento!
Bruno:
_Ela já tá no oitavo mês de gestação.
Patrícia:
_Além de serem três, eles são casados. Eles estão em vantagem.
Natália:
_Patty, fica quieta que você e o Kiko praticamente moram juntos. Só o Lelê e eu
que estamos em desvantagem.
Rodrigo:
_Vem cá! (Disse chamando a câmera) O Game ainda nem começou e já tá assim,
imagina quando começar... Será que lá na casa do seu Franco e da dona Regina é
sempre essa bagunça?
Leandro:
_É Pior!
Cont...
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