quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Cap. 61

Viviana: _Sobre o que? Assim você me preocupa.
Thayrine: _Sobre tudo! O que realmente aconteceu ontem? E que idéia foi essa de sair pela estrada sozinha, a pé, de madrugada e na chuva?
Viviana: _Eu queria fugir de tudo, princialmente do Bruno. Eu achei a Desirré sem roupa na cama dele e ele saindo só de cueca do banheiro. E ele ainda queria negar tudo! (falei segurando o choro)
Thayrine:_Amiga não chora. Eu sabia que ela tava aprontando alguma, mas o Bruno também não precisava ir pra cama com ela. Esses homens viu?!
Viviana: _Eu só quero sumir!
Thayrine: _Vem, vou te levar pra casa.
Viviana: _Não! Ele vai me procurar lá.
Thayrine: _Quer ir pra onde então?
Viviana: _Me leva pra esse endereço. (falei lhe entregando um cartão)


Na fazenda Bruno não havia dormido e Kiko fez da noite insone um pretexto pra cuidar do irmão caçula. A noite havia sido longa e triste para Bruno e isso se refletia no seu físico e preocupava Kiko.

Kiko: _Moleque você precisa dormir. Daqui à pouco todos acordam você ainda não pregou os olhos. 
Bruno: _Não, preciso dormir. Eu preciso dela aqui aqui comigo, sem ela eu não sou ninguém. (falou chorando)
Kiko: _Oh Cabeça, tenta se acalmar. Vem. vou fazer algo pra você comer.
Bruno: _Ah Kiko, tô sem fome, sem ânimo e sem ela!
Kiko: _Eu não perguntei se você quer, eu disse que vou fazer e você vai comer.


Tudo conspirava à favor de Desirré e contra Bruno e eu.
Thayrine me levou ao endereço do cartão, chegando lá eu resolvi que iria pra França. Lá era longe o suficiente de tudo e todos. Achei que naquele momento, ir pra longe resolveria ou acalmaria minha vida.


Thayrine: _Vivi você tem certeza disso?
Viviana: _Absoluta. Preciso dar um tempo pra mim mesma.
Silvio: _Será um ano na França. Você fará aulas, workshops e apresentações.
Viviana: _Eu aceito! Quando eu viajo?
Silvio: _Assim que seu passaporte ficar pronto e seu visto for liberado você viaja. Isso deve demorar três semanas.
Thayrine: _É pra você poder pensar direito.
Viviana: _Já pensei e eu vou.

Thayrine me levou pra casa. Assim que cheguei lá Luciana me encheu de perguntas e só sossegou depois que respondi. Me tranquei no meu quarto esperando os dias passarem, não saía nem pra brincar com Mia. Luciana e meu pai ao verem que eu estava entrado em depressão falaram com minha mãe que no dia seguinte estava lá.

Luma: _Vivi, filha abre essa porta.
Viviana: _Mãe não quero ver ninguém.
Luma: _Anda, abre logo. Não vou sair daqui.
Viviana: _Tá, mas não demora.

Abri a porta e voltei pra cama. Minha mãe ao entrar no quarto foi abrindo as cortinas e persianas deixando o sol entrar. Meu quarto há dias não sabia o que era o sol. Ficamos conversando alguns minutos até Mia entrar no quarto.

Mia: _Vivi...
Viviana: _Mia a irmã te ama.

A abracei como se minha vida dependesse daquele abraço. Todos olhavam a cena admirando o milagre que acabará de acontecer. Naquele momento percebi que havia vida além de Bruno.

Cont...

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